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20/09/2021 às 00h00min - Atualizada em 20/09/2021 às 00h01min

O aumento do custo dos grãos afetará o mercado do agronegócio e a população no Brasil

Com a pandemia do coronavírus, os custos dos alimentos tiveram uma alta e a população brasileira vive insegurança alimentar

Juliana Valillo - Editado por Júlio Sousa
Correio Braziliense; The Newa.cc; G1 Globo; Extra Globo
Plantação | Banco de Imagens: Pexels
As principais commodities na exportação brasileira, que são os grãos, carnes e o café, tiveram um aumento significativo de 70% no país no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A alta dos grãos impactou os custos de produção da pecuária, aumentando os custos das carnes.
 
Em referência ao preço internacional, no qual é utilizado o dólar, apenas o arroz teve queda de 11% em seu preço. Os outros produtos obtiveram uma alta: milho (72,3%), soja (65,9%), carne de frango (24,2%), porco magro (65,3%), trigo (24,4%), boi gordo (18,3%) e algodão (38,1%).
 
Segundo Ana Cecília Kreter, pesquisadora associada do Ipea, em uma entrevista para o G1 Globo:

“A alta observada nos grãos deve impactar os custos de produção da pecuária, o que pode influenciar negativamente a oferta dessas commodities e das proteínas animais no país”.


As commodities são os produtos que têm origem da agropecuária ou da extração mineral, feitos em larga escola e com destino ao comércio externo.
 
Outra entrevista para o G1 Globo, José Ronaldo Castro de Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, diz que “As altas de preços agropecuários no Brasil resultaram de uma combinação de fatores como a crise hidrológica, as significativas altas de preços internacionais e desvalorização cambial”.
 
Segundo Matheus Peçanha, pesquisador do FGV IBRE, em uma entrevista para o EXTRA,  reconhece que os altos preços desses produtos (grãos, café e carnes) são causados pelo aumento do consumo e da procura pelos gêneros alimentícios durante a pandemia de COVID-19. A pressão inflacionária é um outro motivo para que a comida no prato da população brasileira seja escalada do câmbio no segundo semestre de 2020, no qual gerou exportações, reduzindo a oferta interna, principalmente com o arroz, feijão e das carnes bovina e de frango.
 
Matheus Peçanha evidencia que a inflação dos itens do prato feito do brasileiro também é um reflexo das diversas condições climáticas, como a estiagem e a geada. As lavouras (de hortaliça e legumes) foram de curto prazo e sofreram mais em um período recente, resultando em um acúmulo de quase 9,74% no alface e no tomate com mais de 37%. Ele também diz que “a estiagem também tem impactado os preços das carnes, reduzindo as pastagens do gado e encarecendo o milho e a soja, que servem de ração para os animais.”
 
Os pagamentos do Bolsa Família e do auxílio emergencial não impossibilitaram o avanço da fome no Brasil durante a pandemia da COVID-19, onde 125 milhões (mais da metade da população) vivem a insegurança alimentar, um fato que ocorre pela primeira vez em 17 anos. Esses indivíduos acordam sem saber se há algo para alimentar adequadamente.
 
Durante a pandemia do coronavírus, a população foi prejudicada em seus empregos, principalmente no mercado informal, assim levando 19 milhões de brasileiros à situação de miséria.
 
Segundo o site The News.cc, “a geração de emprego é um dos mais poderosos programas sociais que existe. Por isso, você que empreende, no seu negócio próprio ou em uma empresa, continue gerando renda.”
 
Uma ação para o combate à fome é a de Gerando Falcões, no qual envia cestas básicas para famílias vulneráveis. Outra ação é a da ONG Banco de Alimentos, que não desperdiça alimentos em sua fonte e faz a entrega para quem mais necessita. 
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