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16/09/2021 às 10h51min - Atualizada em 11/09/2021 às 21h59min

Repercussão política após os ataques de Bolsonaro no 7 de setembro

Diversos políticos repudiaram a atitude do presidente da república por fazer uma série de ameaças ao Supremo Tribunal em meio

Pedro Ferreira - Editado por Ynara Mattos
Leco Viana/ TheNews2/ Estadão Conteúdo
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, afirmou que o Congresso Nacional não admitirá retrocesso em relação ao estado democrático de direito. E disse que as soluções para os problemas no Brasil está na “maturidade política”.
 

O presidente Jair Bolsonaro participou de manifestações no último de (7) setembro. Atacou os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux do STF (Supremo Tribunal Federal). Nos protestos manifestantes também pediram o Impeachment de ministros da corte e invenção militar. Políticos e autoridades de diversos poderes reagiram a essa situação.

Reações às falas de Jair Bolsonaro
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse, em pronunciamento, na última quarta-feira (8) que é preciso dar um basta em “bravatas” e que não ver mais espaço para "radicalismos e excessos”.

 

“É hora de dar um basta a essa escalada em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que infelizmente é superdimensionada nas redes

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, disse que o país vive uma crise real de fome e de miséria que bate à porta dos brasileiros, sacrificando a dignidade das pessoas. 
 

"A solução não está no autoritarismo, não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia. A solução está na maturidade política dos poderes constituídos de buscar convergências para aquilo que interessa aos brasileiros", ressaltou.

Luiz Fux, presidente do STF, afirmou na última quarta-feira (8) que “ninguém fechará “a suprema corte". “Este Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções”, disse Fux.

 

"Todos sabemos que quem promove o discurso do 'nós contra eles' não propaga democracia, mas a política do caos “afirmou.



 
 
Ataques de Bolsonaro a ministros do STF
Bolsonaro, nas esplanadas dos ministérios, em Brasília, atacou sem citar nominalmente os Alexandre de Moraes e Luiz Fux. Segundo o presidente, não se pode aceitar que uma pessoa específica da região dos três poderes continue barbarizando a população. “Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos", afirmou.

 
"Esse retrato que estamos vendo nesse dia não é de mim nem ninguém em cima desse carro de vocês. Esse retrato é de vocês. É um comunicado, é um ultimato para todos que estão na Praça dos Três Poderes, inclusive eu presidente da República, para onde devemos ir, disse"
 
Em São Paulo, na avenida paulista, o presidente da república subiu o tom e voltou a questionar as urnas eletrônicas, chamou Alexandre de Moraes de “canalha, e que e afirmou que “nunca será preso”.  

 
“Nós queremos eleições limpas, auditáveis e com contagem pública dos mesmos. Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada ainda pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, disse Bolsonaro.

“E aqueles que pensam que com uma caneta podem me tirar da presidência, digo uma coisa para todos: nós temos três alternativas: preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas que nunca serei preso. A minha vida pertence a Deus, mas a vitória é de todos nós”, finalizou.

Após as pressões feitas por diversos setores da sociedade brasileira, o Presidente Bolsonaro recuou através de uma "declaração a nação"
. Publicou uma carta escrita pelo ex- presidente Michel Temer.

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