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21/09/2021 às 21h10min - Atualizada em 19/09/2021 às 20h06min

Com 30 anos de carreira Leonardo Brício, faz um balanço de sua trajetória artística

Com atuações em produções de sucesso, o ator fala sobre papéis que o marcaram e sobre novos projetos

Pedro Lima - revisado por Jonathan Rosa
Leonardo Brício em sessão de fotos para divulgação. (Foto: Reprodução /VGI Agentes)

Iniciando a sua trajetória no Teatro Tablado, nos anos 80, o ator Leonardo Brício carrega uma carreira brilhante. Em seu currículo constam inúmeras novelas e minisséries de sucesso, além das produções teatrais. Amante da natureza, o ator afirma ter encontrado nela sua religião. Em um descontraído bate-papo, o ator contou como foi voltar à TV, na série Arcanjo Renegado da Rede Globo, após alguns anos afastado das telinhas.

 

Com mais de 30 anos de carreira, hoje você tem uma belíssima trajetória artística. Como a arte entrou em sua vida? Comecei aos 15 anos fazendo teatro amador no condomínio que morava na Barra da Tijuca. Quando entrei na faculdade escolhi fazer desenho industrial na Escola de Belas Artes na UFRJ, mas abandonei no sétimo período e entrei no teatro O Tablado para fazer aula e lá fiquei. Até hoje sou Tabladiano, no fim do ano passado fiz um infantil lá novamente O boi e o burro no caminho de Belém, pois nunca perdi o vínculo com ele, já que além de aluno, fui professor durante quatro anos.

 

Ao longo de sua carreira você já interpretou índio, bom vivant, lutador, pescador, bombeiro e até rei. Ainda existe algum papel que tenha interesse em interpretar? Sempre terá. Não tenho preferência entre o bom ou mal; entre vilão ou mocinho.


Qual papel foi o mais desafiador de ser interpretado? Talvez Rei Davi, por ter tido o desafio de fazer desde os 28 anos (fase que assumia o papel) até a morte do personagem bem velhinho.

Grandes nomes da televisão dividiram cena com você, desde O Guarani (1991), na extinta Rede Manchete, em Éramos Seis (1994) no SBT, nas memoráveis Anjo Mau (1997) e Da Cor do Pecado (2004) e em Chamas da Vida (2008) na Record TV. O que você carrega desses colegas? Tem algum que ficou lisonjeado em trabalhar? Sim, trabalhei com grandes atores e atrizes, e talvez carregue um pouquinho de cada um deles, pois sempre fui grande observador e me dedicava a observá-los muito bem. Posso listar o (Antônio) Fagundes, que duas vezes foi filho na ficção, Cássia Kiss, Cleyde Yáconis, que trabalhei no teatro e na TV, a maravilhosa Laura Cardoso. Foram tantos. Vi Rubens Correia, Cláudio Correia e Castro, Fernanda Montenegro, enfim tantos e tantos.

Após alguns anos afastado da dramaturgia, você deu vida ao coronel Gabriel na série Arcanjo Renegado, como foi interpretar esse personagem? Ele estará na segunda temporada? Eu estive esse tempo afastado da TV, mas continuei fazendo teatro com a Cia. que faço parte O Mondé. Tive um tempo de preparação para o coronel Gabriel, como instruções sobre ações do BOPE (Batalhão de operações especiais) com integrantes dele. Na segunda temporada o Gabriel vem com tudo mostrando realmente quem ele é.

O que tem a dizer sobre artistas se posicionarem diante dos últimos acontecimentos no país? Acho normal, sempre foi assim. Acabamos sendo formadores de opinião, eu só não gosto de debater sobre isso nas minhas redes sociais. Tenho preguiça de briga, e isso acontece muito, pois é um lugar onde todo mundo se vê no direito de opinar e discutir.

Em algumas entrevistas, você se considera ser uma pessoa zen, que curte estar ao lado da natureza. O que ela te proporciona? A Natureza para mim tem haver com Deus, é praticamente minha religião.

Quais projetos têm pela frente? Quando voltarmos, terei a segunda temporada da série para filmar, e um projeto de teatro para ser feito ainda esse ano em plataformas online, que será dirigido pelo Rodrigo Pandolfo.


Entrevista publicada originalmente no Portal Comenta em 06/09/2020


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