Nos últimos anos houve diversas oscilações quando se diz respeito ao desenvolvimento de países ao redor do mundo. Considerando em cada um deles, por exemplo, a economia, o sistema de saúde, a educação e principalmente a administração do governo, entre outros. Com isso, para se obter um parâmetro da qualidade de vida das populações, foi realizado um estudo que reuniu dados do World Happiness Report, Nature e Harvard, em que consiste em revelar os países mais felizes do mundo além de relacionar o dinheiro com a felicidade.
Considerados 153 países e 7 fatores para medir o nível de felicidade: apoio social, ausência de corrupção, expectativa de vida, generosidade, liberdade para escolhas na vida, PIB per capita, e vida saudável.
A somatória desses aspectos resulta em uma pontuação para cada país, onde a Finlândia se encontra em primeiro lugar, pelo quarto ano consecutivo, atingindo a nota máxima de 7.89. Logo em seguida aparecem Islândia (7.58) e Dinamarca (7.52), em segunda e terceira posição, respectivamente.
Evidentemente os países da Europa, mais precisamente localizados ao norte, em sua maioria, estão entre os Top 10 mais felizes. Mas o que os leva estarem sempre no topo?
Não é possível explicar esses dados apenas com um fator, mas sim com o conjunto deles, no qual os países nórdicos dominam diversas vantagens, quando comparados ao resto do mundo. Como, por exemplo, o sistema de saúde e de educação são totalmente gratuitos, e o nível de criminalidade é baixo em relação à média mundial. Ou seja, há um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal nesses países, que contribui em colocações favoráveis no ranking.
O Brasil, por outro lado, não possui uma imagem favorável em relação os países citados anteriormente, ficando na 41ª posição, com a nota 6.11. Ainda considerando que a pontuação média mundial é 5.5 e que a última colocação é o Afeganistão, com a menor nota de 2.56. Ou seja, apesar de o nosso país estar longe do Top 10, permanece acima da média mundial e afastado das piores posições.
Os fatores que mais agregaram na nota do Brasil foram, em ordem: PIB per capita, apoio social, expectativa de vida, liberdade para escolhas, generosidade e por último, ausência de corrupção.
A maior pontuação que o Brasil consegui obter foi no ano de 2013 com a nota cera de 7.1, porém, infelizmente, desde então ocorreu uma queda significativa até o final do ano de 2018 (6.2). Em 2019 alcançamos 6.4, mas com a chegada da pandemia retornamos a cair 12 posições em relação aos outros países do ranking.
Após uma análise feita com mais de 1.7 milhão de pessoas em 164 países foi concluído que o dinheiro pode influenciar no nível de felicidade, mas quando as pessoas conquistam itens básicos para sua sobrevivência, como alimentação, saúde e moradia, a quantidade de dinheiro passa a ser irrelevante.
Considerando que de acordo com essa pesquisa, o valor anual para se atingir o ápice de satisfação é de U$95 mil dólares por ano, ou seja, R$494 mil por ano (cerca de R$41 mil por mês). Esse valor é uma média mundial, mas se considerar a América Latina, o valor chega ser bem menor: R$ 182 mil por ano, ou R$ 15 mil por mês.
De acordo com outra pesquisa feita com pessoas da geração Y ou mais conhecidas como millenials (1981-1996), a maioria definiu que a principal meta de sua vida era se tornar rico, e outra parte relatou que a segunda meta era ser famoso.
Ou seja, o dinheiro e a fama dão a entender serem necessários na vida daqueles que querem ser felizes, mas pesquisadores de Harvard provaram o contrário. A Universidade americana, nas últimas 8 décadas, analisa a vida de 700 homens de modo a descobrir ensinamentos sobre a felicidade.
Apesar de a pesquisa ainda estar em andamento, o atual diretor do estudo, Robert Waldinger, relatou que já existem lições a serem retiradas. Na realidade, o fator principal que influencia no alto nível de felicidade das pessoas, são as conexões com a família e amigos.
"É tudo uma questão de relacionamento. A mensagem resumida é que os relacionamentos nos tornam mais felizes. No entanto, a mensagem mais longa é sobre como é preciso trabalho — e trabalho constante — para cuidar dos relacionamentos".
Desta maneira devemos sempre considerar que estamos em uma mudança constante, fazendo com que os relacionamentos mudem também. Cuidar dos nossos relacionamentos, o que nos leva a cuidar de nós mesmos, é um investimento contínuo, que vale muito a pena, independente das condições financeiras.