Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
30/09/2021 às 00h00min - Atualizada em 30/09/2021 às 00h01min

Setembro Verde: uma campanha importante que aborda o tema sobre a doação de órgãos

O mês é destinado para uma campanha de conscientização da doação de órgãos e seu impacto na vida do próximo

Juliana Valillo - Editado por Júlio Sousa
Amafresp; Ministério da Saúde
O laço verde é o símbolo usado para a campanha do setembro verde | Créditos de Imagem: Freepik
Sobre o Setembro Verde
A campanha, que ocorre no mês de setembro, aborda a importância da doação de órgãos e o impacto de um ato que pode transformar e salvar vidas, no qual muitas pessoas aguardam na fila de espera com a esperança de um novo começo. O intuito é despertar a atenção do público para a conscientização da campanha “Setembro Verde” e esclarecimento acerca do tema.
 
O Ministério da Saúde apresentou dados consolidados, no qual apontam que 27.688 transplantes de órgãos foram realizados no Brasil em 2019. O procedimento da doação é feito com uma reposição de um órgão (coração, fígado, pulmão, pâncreas, rim) ou de um tecido (medula óssea, ossos e córneas) de uma pessoa que esteja doente (o receptor) por um órgão ou tecido normal de um doador. O doador pode estar vivo para a realização da doação e o indivíduo que concorde com o procedimento, em vida, poderá doar um de seus rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou um de seus pulmões, além disso o doador não deverá ter a sua saúde comprometida. A doação de órgãos também pode ser feita com um indivíduo falecido, diagnosticado com morte encefálica irreversível.
 
O Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome) registrou uma queda de 30% de doações feitas no ano 2020, a porcentagem é comparada entre os meses de janeiro e julho do ano de 2019. O Ministério da Saúde apontou que o principal motivo pela redução no índices de doações de órgãos no Brasil e no mundo foi a pandemia da COVID-19. Os centros hospitalares voltaram quase toda a atenção para o tratamento e a recuperação de pacientes que estavam com o coronavírus.
 
Apesar da pandemia, as doações e transplantes não foram interrompidos e muitas vidas continuam sendo salvas por conta das ações de doadores vivos ou entes falecidos que são próximos das famílias que necessitam do transplante.
 
Quem pode ser um doador de medula?
- Precisa ter entre 18 a 55 anos
- Ter um bom estado de saúde
- Não ter uma doença infecciosa ou incapacitante, como um câncer, doenças que estão na corrente sanguínea ou que afetam o sistema imunológico
 
Antes de realizar uma doação, é de extrema importância se consultar em um médico e realizar exames específicos. Além disso, é sempre importante também fazer exames de rotina todos os anos com os médicos especializados para a prevenção de doenças.
 
Como é feito o procedimento de uma doação? Como receber?
O indivíduo que irá receber a doação precisa fazer sua inscrição e ingressar em uma fila no Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme), que faz parte do Instituto Nacional do Câncer (Inca), tendo uma autorização de um médico habilitado pelo Ministério da Saúde. O paciente que entra no Rereme, tem uma primeira tentativa de encontrar um doador compatível. E a partir disso, o próprio sistema do Rereme realiza outras buscas todos os dias para um resultado preliminar que aponta uma lista de possíveis pessoas que são doadoras e compatíveis.
 
Além do sistema do Rereme, a busca também é realizada na Rede BrasilCord, contendo em seu sistema os dados de cordões umbilicais armazenados nos Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. Caso não seja encontrado um doador no Brasil, a busca é feita internacionalmente e simultaneamente.
 
Segundo o Ministério da Saúde, os critérios de prioridade na lista de doação são determinados de acordo com a compatibilidade, gravidade, tempo de espera, idade, disponibilidade de doadores e de leitos. É necessária uma total compatibilidade entre o doador e o receptor, para que o transplante seja feito com sucesso.
 
Outras informações
- No mês de setembro também é realizada a campanha nacional do Setembro Amarelo, com a conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante o mês, é estabelecido um debate sobre a saúde mental e é relembrada a importância de saberem e reconhecerem os sinais de comportamento depressivo ou suicida em familiares e amigos
 
- Além da campanha do Setembro Verde conscientizar sobre a doação de órgão, do mesmo modo é a campanha sobre a conscientização da Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) e da Luta das Pessoas com Deficiência. É um período destinado para a mobilização por uma sociedade mais justa e inclusiva.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »