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07/11/2021 às 14h59min - Atualizada em 07/11/2021 às 14h48min

Saiba como a pandemia impacta vendas em redes sociais

O ambiente virtual mudou hábitos de compra e abriu caminho para o futuro de novos empreendedores

Beatriz Claro - Revisado por Liliane de Lima
Fonte: página feira Shopping.
Com o fechamento dos dois maiores centros de comércio de São Paulo, Brás e 25 de março, durante a pandemia causada pela covid-19, gerou para muitos uma crise econômica, já para outros o caos se tornou um terreno fértil, vendedores e comerciantes tiveram que se reinventar criando novos meios de vendas através das mídias sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp.

Muitos empreendedores acabaram apostando no marketing digital. O estrategista digital, Arthur Schommer, 30 anos, contou qual é a importância em investir em anúncios “Basicamente você consegue mostrar seu negócio para quem você quiser, em qualquer lugar do mundo. Você ainda conta com a ajuda do algoritmo, que busca pessoas com interesses específicos, consegue criar campanhas com objetivos específicos”.

Antes do isolamento social o e-commerce já vinha crescendo, pela facilidade de acesso, variedade de produtos, entregas rápidas e baixo custo comparado com as lojas. Os clientes iam até as lojas físicas pesquisavam preços, marcas e a qualidade dos produtos, tiravam suas dúvidas com os vendedores, escolhiam o produto e logo depois passavam a pesquisar pela internet os valores, melhores formas de pagamento e compravam seus produtos. Com esse cenário, os hábitos dos consumidores paulistanos foram impulsionados, até mesmo quem antes nunca tinha comprado pela internet acabou comprando.

É o caso do professor de História, Marcelo de Souza, 50 anos, que fez a sua primeira compra online durante a quarentena, com todos os estabelecimentos de portas fechadas ele foi obrigado a utilizar as redes sociais para comprar seus produtos. O e-commerce trouxe a facilidade das relações de compra e venda em meios digitais. “As vendas pelas redes sociais podem ser feitas de qualquer lugar, através do meu computador ou até mesmo pelo celular com apenas um clique já consigo adquirir meus produtos”, relata o professor.

A estudante de pedagogia, Fabiana de Moraes, 43 anos, já era uma consumidora online bem antes do distanciamento social. “Eu já tinha feito compras por meio de sites das próprias marcas, como eletrodomésticos, roupas e sapatos”. E com a crise sanitária as compras foram aumentando, produtos farmacêuticos que antes ela nunca tinha comprado pela internet e com a vasta quantidade de mercadoria nas redes sociais acabou estimulando a universitária a fazer mais compras por meios que antes nunca tinha feito.




Uma pesquisa feita neste ano, pela Serasa Experian, mostra que as redes sociais são os canais mais utilizados para vendas on-line, cerca de 73,4% dos empreendedores começaram durante o isolamento social, outros tiveram que se adaptar ao digital que foi o caso da dona da confecção Guvi Collection, Adriana Sarzano, 47 anos, que vendia suas peças em atacado para lojas e  teve que reformular seu modo de comercializar.

Começou montando um grupo de WhatsApp com suas clientes do atacado, amigas da Igreja e conhecidas. “Comecei então a fazer transmissões diárias, publicações dos produtos passando a vender no varejo”. Logo depois, Adriana criou uma página no Instagram que bombou, aumentou as vendas e assim conseguiu contratar mais duas representantes que também montaram suas lojas online com os produtos da empresária.

Pouco mais de 48,1% dos novos empreendedores são jovens entre 18 e 29 anos que viram a pandemia como um cenário empreendedor sem altos custos de investimento inicial e flexibilidade nos horários. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Direta (ABEVD).

Claudiene Silva, 29 anos, consumidora e agora dona da loja Claus Lingerie,  que durante esse um ano que gerou uma diminuição no seu salário e carga horária trabalhada, achou uma saída para lucrar uma renda extra revendendo roupas íntimas nas mídias sociais e dentro da empresa onde trabalha. “Por esta sempre dentro da moda feminina escolhi trabalhar com moda íntima e como o pessoal estava em casa trabalhando em home office já enganei pijamas, onde eu trabalho tem muitas mulheres que compraram pra presentear, tive muita saída”, diz a proprietária da página do Instagram Claudine.

Milena, 23 anos, que antes nunca tinha trabalhando com vendas, mas que já tinha uma certa familiaridade com as redes sociais, ao ser pega de surpresa com sua demissão durante a pandemia, viu no cenário uma chance de empreender dentro da sua casa, tendo resultado aos poucos com o aumento de seguidores e clientes. “Diariamente sempre posto stories, fotos, faço vídeos de provador que é muito importante, vídeos dos produtos de diferentes formas para atrair pessoas diferentes, estando sempre ativa na loja. Afinal quem não é visto não é lembrado”, relata a jovem.

A expansão do comércio nas redes sociais faz com que um maior número de pessoas de várias regiões tenha acesso a este tipo de consumo.

 
Referências:
 
https://www.terra.com.br/noticias/jovens-ja-representam-quase-metade-dos-empreendedores-de-vendas-diretas-no-pais,1f9b6de59d7c350b4d68352a97939d703q6gj7hk.html

https://www.abevd.org.br/clipping-agencia-brasil-sete-em-cada-dez-empreendedores-fizeram-vendas-online-na-pandemia/ 
 
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