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15/12/2021 às 20h38min - Atualizada em 12/12/2021 às 15h47min

Panetone | Origem do símbolo natalino das mesas brasileiras

Com frutas cristalizadas ou gotas de chocolate, o panetone tem uma história antiga e ganha diversas adaptações com o passar dos anos de tradição.

Giovanna Macedo - Revisado por Isabelle Marinho
Panetone é o astro das ceias de Natal no Brasil. (Foto/Reprodução: Silvestre Alimentos)
Presente nos cafés e nas sobremesas natalinas das famílias brasileiras, o panetone possui uma história controversa. Segundo a lenda, o pão foi criado em Milão – Itália por Toni, um ajudante de cozinheiro de um duque, na Idade Média.

Teorias dizem que o ajudante ficou responsável pelos quitutes de Natal, mas adormeceu. Com medo do chef e dos convidados, Toni resolveu juntar fermento, farinha, ovos, açúcar, frutas cristalizadas e passas para criar uma sobremesa natalina. Sua invenção foi um sucesso e o duque de Milão resolveu homenagear seu criador com o nome “Pane di Toni” ou “Pão de Toni”, em português. Com o passar do tempo e das alterações na língua, tornou-se panetone.


Apesar da lenda, acredita-se que o panetone veio de pães doces ou de festas. Somente no século XX, o pão de Natal popularizou-se nas festas da Europa, a partir de alterações na receita feita pelo Angelo Motta, o dono de uma padaria em Milão. O padeiro que deu a forma do panetone que conhecemos hoje; abobadado e envolto em papel manteiga.

No Brasil, o panetone chegou pelas mãos do italiano Carlo Bauducco. Em 1948, começou a comercializar em sua pequena doceria, no bairro do Brás, em São Paulo, e depois expandiu seu catálogo criando o Chocottone, sua marca registrada. Hoje, no Brasil, há diversos fabricantes e até mesmo empreendedores que fazem receitas artesanais do tradicional panetone, adaptando a sabores diferentes. O panetone é a base de várias sobremesas natalinas, como o pavê, com recheio de sorvete, dadinhos e bolos. 


Os brasileiros são um dos maiores consumidores de panetone, perdendo apenas para a Itália e o Peru. Ao contrário do Brasil, a receita do pão na Itália é padronizada desde 2005 e consiste em: farinha, sal, açúcar, ovos, nata, bastante frutas cristalizadas, aromas naturais e um fator importante: a fermentação natural, que consiste em uma criação de levedura também chamada levain e garante uma massa leve, aerada e molhada.

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