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01/07/2019 às 14h48min - Atualizada em 01/07/2019 às 14h48min

Além da Marquês de Sapucaí

Grupos B, C D e E do carnaval carioca superam dificuldades para levar o melhor para a avenida

Shayanne P. de Souza
Comissão de frente da União de Jacarepaguá, atual campeã da série D. (Foto:Shayanne P. de Souza)

O carnaval da cidade do Rio de Janeiro é mundialmente conhecido. Sua alegria, festa, brilho e luxo dificilmente passam despercebidos. O que muitos desconhecem é o carnaval por trás desse luxo todo, um carnaval com suas dificuldades e limitações e ainda assim pronto para dar uma grande festa. Esse é o carnaval da Intendente Magalhães-Vila Valqueire RJ, onde ocorre os desfiles dos grupos B,C,D,E do carnaval carioca.

O carnaval de rua na Estrada Intendente Magalhães teve início em 1989 com desfiles da Federação dos Blocos, em 2004 a via se tornou palco dos desfiles dos Grupos C, D e E. Em 2013, o Grupo B (terceira divisão) também passou a desfilar na Intendente, e desde 2015, o Grupo E foi reativado.

Os grupos B,C,D,E sofrem bastante com falta de verba para montar seu carnaval, mas mesmo diante tamanhas dificuldades, conseguem levar seu carnaval pra avenida e fazer uma grande festa.


Mesmo com pouca verba, escolas capricham em todos os detalhes para o desfile. (Foto: Reprodução / bau urbano)
Apesar de uma estrutura menor que os desfiles da sapucaí, o profissionalismo é praticamente do mesmo nível, já que a vencedora do grupo B desfila no Sambodromo no ano seguinte.

''Não é porque estamos na série C que o trabalho não é levado a sério, temos uma rotina de ensaios, fazemos as bossas, tudo como uma bateria de grupo especial ou série A faz'', diz Matheus Aleixo, diretor de bateria da GRES União de Jacarépagua, atual campeã da série D, subindo para a série C no carnaval de 2020.

Os desfiles no carnaval na Intendente Magalhães ocorrem durante 4 dias do carnaval, com arquibancada para o público e jurados avaliando cada módulo.

As escolas não sofrem apenas com a falta de verba e patrocinio, sofrem também como o desânimo e falta de comprometimento de alguns componentes, por não ser uma escola que vá desfilar na sapucaí muitos integrantes acabam não levando tão a sério.

''Procuramos mostrar seriedade, na intendente tem tanta importância quanto lá na Sapucaí, se o trabalho não for bem executado aqui, não tem como a gente ir pra lá. As vezes o ritmista tá desanimado, você tem que chegar e trocar uma ideia, mostrar a importância dele pro projeto'', explica Matheus.

O Carnaval da Intendente Magalhães é tao animado quanto o da Sapucaí, mostra uma relidade que ninguém conhece, porém todos deveriam conhecer.

Editado por Alinne Morais


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