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12/03/2023 às 17h50min - Atualizada em 12/03/2023 às 17h50min

A importância das mulheres no mundo dos games

Além de marcarem a indústria dos eletrônicos, o público feminino vem aumentando no consumo de videogames

- Editado por Marcela Câmara
O dia das mulheres já passou, mas não é somente nesse dia que devemos dar importância à luta e espaço para a voz feminina, e sim tornar algo diário. E nos últimos anos, as mulheres vêm ganhando mais espaço no mundo dos games e no universo geek, não totalmente, já que culturalmente é um ambiente dominado por homens.

Na pesquisa feita em 2021 pela Brasil Game Show (BGS), foi divulgada que 47% das pessoas que jogam vídeo game no país são mulheres, que mostraram preferência pelos jogos em dispositivos móveis, enquanto os homens com preferência em consoles. Mas em outra pesquisa feita pela Pesquisa Gamer Brasil, em 2021, 72% dos entrevistados disseram ter o costume de jogar, sendo 51,5% representando mulheres que têm preferência pelos jogos eletrônicos. 

Elas estão em diversos lugares, sendo como público, como gamers e streamers, e até mesmo sendo a cabeça por trás da indústria dos games. Mulheres incríveis criaram caminhos para as que estão no ramo hoje, e um exemplo disso é Carol Shaw.

A presença feminina no mundo dos games
Um exemplo de luta pelo espaço feminino nessa indústria foi Carol Shaw, engenheira computacional, a primeira mulher a desenvolver um game. Shaw venceu as barreiras da época ao ir atrás do que desejava: criar um jogo. Carol fez história ao criar River Raid, um dos maiores clássicos do Atari 2600.

Shaw se formou em Ciência da Computação e Engenharia Elétrica, já que sempre teve afinidade por números, e por ser muito talentosa em sua área, chamou atenção de várias empresas, inclusive a Antari. E foi nessa época que trabalhou em seus dois primeiros jogos: Polo e 3-D Tic-Tac-Toe. Em 1980 saiu da Antari e logo depois foi para a Activision, em 1982, que era uma empresa fabricava cartuchos para o Atari 2600, e foi lá que sua carreira decolou ao desenvolver River Raid. O jogo de ação vendeu mais de um milhão de cópias. Carol criou um legado, assim abrindo portas para outras mulheres entrarem no ramo.

Outras mulheres que criaram seus legados na indústria dos jogos:

Uncharted 

Um sucesso da Playstation, os 3 primeiros jogos da saga de Uncharted foram escritos e dirigidos por Amy Hennig. Uma história que apresenta um dos personagens mais conhecidos da indústria, Nathan Drake, um caçador de tesouros que viaja pelo mundo para descobrir vários mistérios históricos. A série Uncharted é uma das franquias mais vendidas de todos os tempos, com mais de 40 milhões de cópias vendidas.

Tomb Raider 

Rhianna Pratchett foi responsável pelo roteiro do reboot de Tomb Raider e Rise of Tomb Raider. Como um dos melhores jogos de protagonista feminina do mercado, não é surpresa que tenha sido criada por outra. Tomb Raider fez um trabalho sensacional ao apresentar a personagem Lara Croft e transformá-la em alguém que mulheres poderiam admirar.

Animal Crossing: New Horizons

Aya Kyogoku foi a primeira mulher a dirigir um videogame da Nintendo. Aya atuou como diretora do jogo, e após perceber que era a única mulher na equipe de desenvolvimento do videogame, ela e o produtor de New Leaf, Katsuya Eguchi, contrataram uma equipe que era metade feminina, e encorajaram todas a contribuir com ideias para o jogo.

Celeste

Celeste é considerado hoje um dos melhores jogos de plataforma e um dos melhores jogos independentes já feitos. Com direção e roteiro da designer de games Maddy Thorson, uma das primeiras diretoras transgênero dessa indústria. E em Celeste, a história mostra uma jovem chamada Madeline, que busca escalar a montanha Celeste e, ao mesmo tempo, superar um quadro de depressão e ataques de pânico. O jogo foi um marco na indústria e se tornou um título extremamente influente para outros títulos de plataforma.

Além dessas mulheres incríveis, há várias outras que fizeram história, como: Kimberly Swift por Portal, Bonnie Ross por Halo Infinite, Robin Hunicke por Journey, entre muitas outras que criaram legados e novos caminhos para outras que virão.


REFERÊNCIAS
MARTINS, Luiza. 5 Games que foram criados por mulheres e você não sabia. Techtudo, 2022. Acesso em: 06/03/2023. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/stories/2022/03/08/5-games-que-foram-criados-por-mulheres-e-voce-nao-sabia.ghtml

PIMENTEL, Maria. Por trás dos gráficos: 7 videogames criados por mulheres para você jogar. TodaTeen, 2022. Acesso em: 11/03/2023. Disponível em: 
• https://todateen.com.br/noticias/por-tras-dos-graficos-7-videogames-criados-por-mulheres-para-voce-se-jogar.phtml

GAIOLLi, Giovana. Mulheres e games: a participação feminina no mundo dos jogos. Canaltech, 2022. Acesso em: 11/03/2022. Disponível em: https://canaltech.com.br/colunas/mulheres-e-games-a-participacao-feminina-no-mundo-dos-jogos/

 HOFKE, Letícia. Conheça Carol Shaw, a primeira mulher a desenvolver um game. Clube do videogame, 2022. Acesso em: 11/03/2022. Disponível em: 
https://clubedovideogame.com.br/conheca-carol-shaw-a-primeira-mulher-a-desenvolver-um-game
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