O filme italiano original da Netflix, "O Fabricante de Lágrimas", entrou no radar dos assinantes da plataforma e ficou em primeiro no ranking brasileiro de filmes mais vistos, em seu final de semana de estreia. No entanto, nem todas as promessas do romance que deveria trazer também aquele toque misterio, conseguiu entregar o que prometeu. Apesar de sua premissa intrigante, o filme falha em fornecer profundidade, deixando os espectadores com uma sensação de não profundidade na história.
Ambientado na Itália, os protagonistas são dois adolescentes, Nica (Caterina Ferioli), uma garota que perde os pais aos oito anos em um acidente de carro e passa a viver em Sunnycreek, um orfanato apelidado de “Grave” (cova, em tradução livre). E Nigel (Simone Baldasseroni), seu maior desafeto no orfanato.
Ao completar dezessete anos, a garota é finalmente adotada por uma família amorosa, juntamente com Nigel. Os jovens, que vivem uma relação de amor e ódio completamente mal explicada, que faz parte de um “romance proibido”, que não vai para frente, segundo Nica, porque Nigel é o “fabricante de lágrimas” de sua história.
No filme, o título é contextualizado por meio de uma lenda que a protagonista aprendeu durante sua estadia em um orfanato. A lenda descreve uma figura sinistra que reside em um mundo habitado por pessoas destituídas de emoções. Ao contrário dos demais habitantes, essa figura tem a habilidade única de criar e oferecer lágrimas de cristal, um gesto que desencadeia todas as emoções sombrias que jazem nos corações das pessoas.
O longa é baseado em um romance homônimo escrito por Erin Doom. Os diálogos rasos, uma trama desconexa e uma edição que agrava a situação — negligenciando explicar contextos essenciais no início da história e alternando cenas fragmentadas, sem aparente conexão — o filme se revela em grande superficialidade, não explorando tópicos importantes do livro.
REFERÊNCIAS
ALVEZ.Paulinha- O Fabricante de Lágrimas- Como filme é um sucesso?. Disponível em: https://canaltech.com.br/cinema/critica-o-fabricante-de-lagrimas-netflix-285043/. Acessado em: 26/04/2024
