Muitos personagens, sagas, desenhos e animes famosos e clássicos da cultura pop já foram alvo de uma versão Live-Action, termo em inglês usado para definir as produções feitas por atores reais e não animações. Os fãs anseiam por isso em alguns casos e em outros se arrependem amargamente de já terem desejado ou assistido a versão que foi lançada.
Foram separados alguns dos piores Live-Action que foram ao ar. Ruins sejam por causa das críticas, da falta de fidelidade à história original, entre outros. A verdade é que os animes são os grandes alvos dessas atrocidades em forma de filmes. Por isso os fãs já ficam apreensivos quando é anunciado um novo filme. Deve ser informado que ao rolar a tela e os relembrar, as sensações ruins sentidas ao os assistir pela primeira vez podem voltar com tudo.
Scooby-Doo! O mistério começa
Começando de uma forma mais leve. Scooby-Doo é um dos desenhos que fizeram parte da infância de muitos fãs. Os dois primeiros filmes em 2002 e 2004, que apesar de não serem lá essas coisas, foram salvos pela caracterização dos personagens, um elenco muito bem escolhido e o fato de serem as primeiras adaptações do desenho. Já o terceiro filme, lançado em 2009 pela Warner não foi bem assim. O elenco não sustentou o filme, a atuação é duvidosa e os personagens estão descaracterizados com os originais. A história deveria ser como eles se conheceram e começaram a resolver mistérios, seria um início, antes mesmo dos dois primeiros filmes. Uma palavra para descrever seria, estranho, no mínimo.
Ainda nos mais leves, temos o filme da Disney, lançado em 2019. Há um grande discursão a cerca desse filme se é considerado Live-Action, aqui será considerado. Foi uma das adaptações mais aguardadas do estúdio. Tinha tudo para ser bom, porém a mão pesou no CGI e falta de expressão dos personagens foi um dos motivos da decepção. Além disso, a dublagem, tanto a original quanto a versão brasileira, pecou e não trouxe emoção suficiente aos clássicos personagens, apesar do elenco de peso que fez parte das duas versões. As músicas, no entanto, continuam boas, mesmo com a releitura feita. No fim, a adaptação lembra mais um documentário do que a icônica franquia.
Continuando com a Disney e seu gosto por adaptar seus filmes que já eram conhecidos e amados. Com esse, a ideia era trazer a origem de uma das vilãs mais clássicas das princesas. Porém, nem a atuação de Angelina Jolie ou os efeitos surpreendentes foram suficientes para o tornar melhor. Algumas cenas foram mal acabadas, além disso, não se tem muitas referências ao filme de 1959. Não é tão lamentável no conjunto geral, mas deixa muito a desejar em diversos aspectos.
Sequência de um filme já questionável. Nele, temos Alice de volta ao país das maravilhas. Mesmo com os efeitos elogiáveis, o filme é um fiasco. A narrativa é bem abaixo do que estamos acostumados dos filmes da Disney, a atuação de alguns do elenco, incluindo a de Johnny Depp, é ruim e preguiçosa. Poderia ter parado no primeiro filme, que já foi insosso o suficiente.
A falta de fidelidade mais uma vez incomoda. Os efeitos especiais do filme são duvidosos e algumas cenas de importância do anime são esquecidas e puladas. Mais ainda, são trazidas para o início do filme a parte do plot que deveria ser guardado para o final. Em resumo, uma triste realização.
Pegando mais pesado agora. Shingeki no Kyojin se tornou um dos animes mais populares dos últimos anos. Em 2018 resolveram adaptar a história para uma versão Live-Action, péssima decisão. Os erros começam com a falta de fidelidade à história original. O que poderia até ser ignorado se fosse feito de uma forma bem caprichada, mas não foi isso que aconteceu. Os defeitos especiais são vários. Os titãs parecem resultado de uma obra do Syfy. O conjunto todo é simplesmente terrível.
Não poderia faltar esse. A descaracterização dos personagens é um dos maiores defeitos que a adaptação traz consigo. A personalidade deles está completamente diferente, sérios demais, até Ang. Toda a boa saga que poderia ter sido foi por água abaixo. As danças desengonçadas que os dobradores faziam foram, para se dizer o mínimo, extremamente esquisitas. É de se comemorar, no entanto, que não foi feita uma continuação.
Para desespero dos fãs, existe uma sequência do que já foi um grande estrago. Se o filme antecessor já era uma coisa hedionda, esse não ficou para trás e conseguiu ser pior ainda, um feito que era quase impossível. Os defeitos especiais continuam de forma mais acentuada, assim como a história sem a fidelidade. Os titãs continuam estranhos, principalmente a versão do Eren e o Titã Colossal, a luta dos dois é completamente lamentável e decepcionante.
Não se tem palavras o suficiente para descrever em tudo que esse filme peca. O exagero de algumas cenas é irritante e terrível. O CGI do Ryuk é estranho e preguiçoso. O roteiro falha várias vezes. O elenco foi uma péssima escolha e os personagens estão completamente descaracterizados. O Light se torna alguém sem graça e dominado pela Misa, uma narrativa equivocada. No fim, dá uma dor apenas de lembrar. Uma decepção que poderia ser suprida pela trilogia japonesa, mas essa continua não mostrando o esplendor da obra, apesar de ser bem melhor que a versão de 2018.
O pior de todos, claro que terminaria com esse. De longe, o pior Live-Action de todos os tempos. Aparentemente, ao fazer esse filme, o roteiro apenas se preocupou com o nome dos personagens e deixou todo o resto de lado. Hollywood poderia só parar de arruinar as grandes obras japonesas. Essa grande atrocidade em forma de filme deixa de escanteio a narrativa, a caracterização de todos os personagens e é uma mancha na história dos Live-Action.
Fonte/ 20th Century Studios, Star Overseas, Big Screen Productions, Dune Entertainment/ Reprodução/ Google
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