Com apenas 4 temporadas, a história de Virgil Hawkin, o Super Choque, conquistou os nossos corações e hoje, lembramos da série com um gosto de nostalgia. Foi exibido pela primeira vez nos anos 2000 e foi produzido até 2004. O desenho do Super Choque, caiu no gosto das crianças brasileiras, que sentavam diante da TV com olhos atentos e grudados na tela admirando a espontaneidade, humor e superpoderes do adolescente Virgil.
Certo dia, ao ser agredido pelo Francis, uma gangue rival a do agressor que ajuda o Virgil, convidando-o para fazer parte da sua quadrilha e o pede para ir às docas. Local onde aconteceu um conflito com diversas organizações criminosas da cidade. Mas durante a briga a polícia aparece e joga um gás misterioso, na qual os atingidos se tornam os transformados. Dessa maneira surgiu o Super Choque, que adquiriu o seu poder eletrostático. Depois do ocorrido, encontra Richie para contar o que havia acontecido e indiretamente “contamina” o seu amigo com o gás, através dos resquícios que estava na roupa do Virgil, consequentemente obtém uma superinteligência.
Ao acompanhar a história de heroísmo da dupla de amigos, muitos detalhes importantes podem ter passado despercebidos, pois éramos muito novos para perceber, mas não exclui a relevância dos assuntos tratados. A narrativa é muito mais do que uma história sobre heróis e vilões. Ela atinge outras dimensões sociais que também são inimigos de uma sociedade, e que dessa maneira impede a paz e a igualdade. Em alguns episódios é discutido racismo, um deles é quando o Virgil vai conhecer o pai do Richie, e nesse encontro se sente muito desconfortável com a situação, pois lá ele descobre que o pai de seu melhor amigo é racista.
Nesta perspectiva também pode-se encontrar temas que falam sobre a relação familiar, criminalidade, relações sociais e financeira, perda de alguém querido, bullying nas escolas, homofobia. Entretanto, nos episódios esta última não é explícita, porém a forma como se trata essa questão pode ser percebido nas entrelinhas. Embora na HQ o fato do Riche ser gay é tratada com notoriedade. É importante ressaltar como esse desenho tratava com cuidado dessas pautas necessárias, mesmo quando esses assuntos não eram debatidos, portanto é notável como Super Choque tem representatividade na sua trama e mesmo com o passar do tempo os assuntos continuam atuais.
REFERÊNCIAS:
FIAUX, Gus. Cena de racismo de Super choque viraliza e criador da série comenta. Legião dos heróis, 2020. Disponível em: <https://www.legiaodosherois.com.br/2020/super-choque-cena-racismo-denys-cowan.html>. Acesso em: 27 de ago. 2021.
Super Choque: entenda a história em 1 vídeo (ordem cronológica) – especial . Youtube, 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=U9Fj90LmyjU>. Acesso em: 25 de ago. 2021.
Super Choque: história completa. Youtube, 2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yzWU3T7Lcw0>. Acesso em: 26 de ago. 2021.
Super Choque: história e poderes do jovem herói da DC. Ei Nerd, 26 de mai 2021. Disponível em: <https://www.einerd.com.br/super-choque-poderes/>. Acesso em: 26 de ago. 2021.