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06/05/2022 às 17h35min - Atualizada em 06/05/2022 às 17h17min

A loucura do Multiverso

Resenha do filme Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Joérica Cunha - Editado por Fernanda Simplicio
Fonte: Marvel Studios | Reprodução: Google
A tão aguardada sequência do filme Doutor Estranho (2016), estreou nos cinemas brasileiros na quinta-feira (05/04), lotando as salas de cinema em todo o país.

O filme protagonizado por Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), e pela novata América Chavez (Xochitl Gomez), se situa após os acontecimentos da série do Disney+, WandaVision (2021), e de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021).

Marcado pela volta do diretor Sam Raimi (trilogia Homem-Aranha, de Tobey Maguire) para os filmes baseados em quadrinhos, o filme trata da jornada do Doutor Estranho rumo ao desconhecido. Além de receber ajuda de novos aliados místicos e outros já conhecidos do público, o personagem atravessa as realidades alternativas incompreensíveis e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.

 
[O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO FILME]
 
Após o espetáculo que foi o encerramento da Fase 3 do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), com Vingadores: Ultimato (2019), a Marvel decidiu abordar algo ainda mais grandioso na Fase 4 introduzindo o seu vasto Multiverso.
As expectativas dos fãs para o filme do Doutor Estranho atingiram níveis estratosféricos, devido a
 WandaVision (2021), Loki (2021) e principalmente Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021), que consagrou a entrada do Multiverso no UCM,

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura começa frenético, de cara já temos uma cena de ação bem feita, e que arranca suspiros do espectador. A produção não perde tempo explicando detalhadamente as regras do multiverso, e nem se preocupa em recordar os acontecimentos das produções anteriores, mas não deixa de referencia-las (inclusive, algumas teorias sobre o final de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa foram confirmadas), o que faz com que os olhos fiquem vidrados na tela do cinema temendo que uma mínima distração faça perder uma cena ou referência importante.

Com duas 2h6min de duração, Multiverso da Loucura prometeu tanto e entregou um roteiro raso, que ao invés de aprofundar mais o conceito, foi [mais] uma abordagem supérflua, sem expor as inúmeras possibilidades existentes. Apesar disso, as espetaculares interpretações de Benedict Cumberbatch, Xochitl Gomez, e Elizabeth Olsen (que inclusive entrega uma Feiticeira Escarlate fenomenal e amedrontadora), abrilhantam o filme, e fazem cada minuto valer a pena. 

O filme é a produção mais violenta da Marvel até então. A obra não teve pena nenhuma de matar personagens, surpreendendo os fãs, principalmente pelas formas brutais que escolheu causar essas mortes. Raimi conseguiu mesclar a linguagem heroica ao horror de forma tão orgânica, que foi capaz de criar algo verdadeiramente único dentro dessa franquia, mas o filme não pode ser vendido como um terror, pois apesar das várias características, e cenas que referenciam filmes clássicos do gênero, não deixa de ser uma ação.


Fonte: Marvel Studios | Reprodução: Google


Em momento algum o telespectador fica entediado assistindo ao filme. Nos momentos em que a atenção não está sendo presa por uma cena de ação, as participações especiais são bem encaixadas, arrancando gritos dos fãs, e instaurando a frenesia nas salas.

A presença dos Illuminati, que já havia sido mostrada em um dos trailers, é um dos auges do filme. Mesmo com os teasers e vazamentos que confirmaram alguns dos principais membros do grupo, o momento de vê-los todos reunidos foi mágico, e as suas cenas de luta com certeza arrancaram suspiros e deixaram alguns boquiabertos. E para a tristeza de muitos, a variante do Homem de Ferro não é uma dessas participações.

A experiência de assistir ao filme é realmente uma loucura, a produção assusta na mesma proporção que encanta. Repleto de sentimentos, e que aborda toda a profundidade dos personagens mais poderosos do UCM, mostrando que apesar de serem super-heróis possuem seus desejos e motivações próprias. A belíssima trilha sonora do filme envolve, e transporta quem assiste para o universo em que se passa a cena, fazendo com que sinta cada um dos movimentos dos personagens - menção honrosa a cena do encontro entre as variantes do Doutor Estranho.

Sam Raimi e Michael Waldron, roteirista do filme, inovam em diversos aspectos, deixam a desejar em outros, mas ainda assim conseguem entregar um filme incrível e hipnotizante do início ao fim, e encerram de forma que os fãs saem da sala teorizando o que está por vir – principalmente após a primeira cenas pós crédito.

 

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