A primeira temporada de Percy Jackson e os Olimpianos chegou ao Disney+ em 19 de dezembro de 2023. O primeiro ano da série contou com oito episódios e adaptou o livro O Ladrão de Raios, que dá início a saga Percy Jackson e os Olimpianos (PJO). E apesar de ter mantido seu grau de fidelidade com o livro, a série recebeu críticas por outros aspectos. Por isso, é importante que mudanças sejam feitas para a segunda temporada, que já está confirmada. Confira algumas mudanças que deveriam ocorrer.
O futuro do herói
Nos livros de PJO a grande profecia é o que move alguns dos ocorridos ao longo das páginas. Mas a série acabou por deixar isso de lado e é importante que isso mude para a próxima temporada, pois se seguir o segundo livro, vai vir aí uma grande abertura para debates e diálogos sobre a famosa profecia.
Outro ponto que faltou a série mostrar foram os dois “remédios” que os meio-sangue levam nas missões. O néctar e a ambrosia são superimportantes ao longo dos livros e já ajudaram nossos semideuses incontáveis vezes. Mas mesmo com os perigos ao longo dos episódios os alimentos curativos ficaram de fora.
Fonte: Disney+ / Reprodução: Gizmodo - UOL
E o último ponto desse tópico é com relação ao prazo das missões. Quem leu os livros sabe o grande drama que é cumprir a missão dentro do prazo estabelecido, às vezes o futuro do mundo está em jogo. Mas de qualquer forma, em um caso como o da primeira temporada (com a vida da sua mãe em risco) seria normal que você corresse o máximo para a missão acabar logo.
Tempo, tempo, tempo
Para aproveitar o gancho do último parágrafo do tópico acima, vamos falar sobre o tempo ao longo dos episódios. Parece que não houve um acordo quanto a isso, alguns acontecidos nem tão envolventes assim acabam tendo mais minutos em tela do que outros, cujo quais é que deveriam ocupar a tela.
Quando a ação pegava mais, quando tudo se tornava mais interessante, em questão de segundos já acabava. Às vezes encerrando o episódio e outras só as cenas. O que era bem incômodo. E falando em cenas e incômodo, os cortes brutos também pesaram muito nesse aspecto. Faltou uma direção melhor ao longo dos episódios.
É óbvio que não dá para explorar tudo que é falado e nem ser uma cópia do livro. Mas é necessária uma atenção maior ao que entra e o que sai, quanto tempo tal coisa vai aparecer, para a próxima temporada. Assim, a série fisga mais e se torna mais convincente.
Que tipo de monstro é esse?
Um streaming que possui em seu catálogo uma série como The Mandalorian em que os efeitos especiais são muito usados e são bons, decepciona muito ao trazer uma série repleta de seres mitológicos com efeitos duvidosos. Nas cenas com os monstros tudo se torna muito escuro e fica até difícil distinguir exatamente o que acontece em tela. O que deixa clara a tentativa de esconder os efeitos ruins.
Mas talvez esse não seja o pior “monstro” da série. O estilo Family Friend da produção mostra o quanto a Disney colocou o dedo (ou devo dizer: o rato colocou o focinho?) e deixou de lado críticas presentes nos livros e o humor mais ácido do protagonista.
E estaria tudo bem com isso, desde que fosse feito com moderação. Mas não é o caso e conta até com momento musical sobre amizade. E novamente, estaria tudo bem, mas teria que ser feito direito. Alguns momentos são dignos de gerar vergonha alheia em quem assiste.
Para encerrar o texto é importante que apesar dos erros a série não está ruim e vale ser assistida. A relação entre mãe e filho apresentada através de Sally e Percy é algo lindo de se ver e fiel ao que é mostrado no livro. Os atores conseguiram trazer a essência de cada personagem. Muitos acontecimentos marcantes estão lá também. Mas sim, melhorias precisam ser feitas para que esses pontos fracos se torne um hábito para os futuros anos da série.
Fonte: Disney+ / Reprodução: TecMundo
