Arte oficial da Feira Preta (Foto: Divulgação)
O festival Feira Preta teve sua 22ª edição entre os dias 3, 4 e 5 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O evento contou com uma área gratuita, onde estava localizado o palco Asé, junto com uma feira de empreendedores negros, uma área paga com os palcos Orí e Ginga, além de quiosques dos patrocinadores e uma feira gastronômica.
Com atrações artísticas, os palcos reuniram grandes nomes da música brasileira, como Dona Onete, Lia de Itamaracá, as gêmeas Tasha e Trace, Cacique de Ramos e Ilê Aiyê. Houve também uma homenagem ao grande sambista Arlindo Cruz, realizada por Marcelo D2, Arlindinho, Maria Rita e Leci Brandão. A cultura LGBTQIAPN+ foi representada pela Batekoo. O festival contou com shows de stand-up do humorista baiano Jhordan Matheus e da brasiliense Niny Magalhães.
Entre os estandes da feira de empreendedorismo, destacou-se o lançamento do mapa "Zumbi dos Palmares" no Fortnite, um dos jogos eletrônicos online mais famosos do mundo, criado em parceria entre a Salve Games e a ONG Preta Hub. O mapa pode ser acessado gratuitamente em várias plataformas e representa um marco para a representatividade e inclusão na indústria dos games. O festival também apresentou um Metaverso, com o objetivo de democratizar o acesso às atrações e produtos.
Em outros espaços, como o Museu Afro Brasil, foram realizadas palestras sobre empreendedorismo, abordando temas como finanças, os desafios e a influência das inteligências artificiais, além de uma palestra sobre cinema. Havia também lojinhas de acessórios e maquiagens para pele preta, livros, entre outros. Algumas marcas de roupas se uniram para realizar um desfile, na marquise do Museu Afro Brasil, mostrando suas peças de forma cotidiana ou estilizada. Entre elas, a Afrolab Moda, em parceria com o Mercado Livre, apresentou roupas que combinavam identidade afro, sustentabilidade e aprendizados ancestrais. A estilista Lia Samantha, também encantou o público com sua nova coleção na passarela.
Casa Preta Hub
A Casa Preta Hub surgiu na Grande São Paulo em 2019, criada por Adriana Barbosa. O espaço atua como uma extensão da Feira Preta, com a proposta de ser um ambiente de economia colaborativa, com caráter econômico e cultural, dedicado à difusão e preservação artística da cultura negra de forma permanente.
Atualmente, a Casa Preta possui unidades em São Paulo, no Vale do Anhangabaú. O local dispõe de estúdios de som, audiovisual e gastronômico, além de auditório e área para eventos. Parte dessas instalações pode ser usada gratuitamente; basta fazer um agendamento. Em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, a unidade foi inaugurada em 13 de agosto de 2021, durante a Festa da Boa Morte, uma das celebrações mais importantes da cidade. Esses espaços oferecem estúdios de som e audiovisual disponíveis para uso da comunidade, mediante agendamento, além de funcionarem como centros culturais. A unidade de Cachoeira também disponibiliza hospedagem.
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