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19/12/2019 às 22h31min - Atualizada em 19/12/2019 às 22h31min

Relações dos desenhos, afetos e o fim de ano

Fernanda Simplicio - Editado por Bárbara Miranda
FONTE: Jerry Adams / Reprodução: Pinterest.
Todo fim de ano é a mesma coisa. Sempre tem aquela correria para a compra de presentes, a indecisão de descobrir em “qual lugar passar as festas de fim de ano” ou mesmo a constante presença nas festas de confraternizações para celebrar o ano que passou.
 
E para quem passa essa data longe de quem gosta? Como é essa rotina? Quem é a sua companhia?
 
Me recordo da minha infância, dos filmes de natal, de assistir em “looping” o filme Esqueceram de Mim, de ficar ansiosa para acompanhar o Especial de Natal do Tom e Jerry ou o especial do Pica Pau. Hoje, a infância é como uma ponte de memória quando o assunto é resgatar o sentimento de boas festas, de compaixão, empatia e amor.
As festas de fim de ano despertam esperança, vontade de coisas novas, sonhos, felicidade. E os desenhos tornaram-se meus cúmplices. Quem nunca se identificou com a aquela história do filme “Expresso Polar”, com o Tom Hankins dando uma super lição sobre o espírito natalino? Ou quem nunca desejou a companhia do Grinch, do Jim Carrey?
 
A identificação com os símbolos natalinos entre os desenhos sempre foi um motivo para a observação contínua sobre essa data. E claro, a indústria cultural também é uma cúmplice assídua dessa época do ano para se tornar entretenimento, e principalmente, ganhar muito dinheiro com os lançamentos deste período.
 
É comum observarmos as crianças se comovendo com o especial de natal da Turma da Mônica, com a cartinha da Magali pedindo presente para todas as crianças do mundo e da Mônica invadindo um trenó para ser uma das ajudantes do Papai Noel. Isso também é combustível para olhar além das nossas necessidades, da rotina que enlouquece, dos egoísmos, das cobranças...
 
Como eu queria ter a pureza de um desenho para suportar tanta coisa desse mundo. Enxergar o espirito do natal do mesmo modo que as crianças do Expresso Polar enxergaram os sinais da locomotiva, com suas lendas... Ou como seria incrível sentir o coração explodir de felicidade quando olhasse o Papai Noel passando pela janela durante à noite.
 
Sei que hoje, nessa semana de Natal que está prestes a chegar, eu só tenho certeza de ter os canais de televisão clichês como minha principal companhia. Revigorando meu espírito natalino, mostrando comemorações, brindes, sonhos, realizações. A esperança vai chegar a mim através do ecrã, pela internet, pela programação em “looping” de Esqueceram de mim. A saudade das reuniões entre eu, o desenho e a infância ficam firmes na minha mente, como se fossem reais em pleno 2019.
 
Viramos a década nos próximos dias, prometemos mundos e fundos, traçamos metas. Mas o interessante mesmo é compreender que dentro do nosso interior, nós ainda permanecemos crianças à espera de um momento de felicidade na televisão, esperando o nosso personagem natalino mostrar como deve ser um natal de verdade e assim, seguimos tocados, aos choros, prantos, emocionados com o que deveria ser comum. O sentimento de amor invade e constrói novas pontes, e só assim nós conseguimos avistar um “FELIZ ANO NOVO!". 

REFERÊNCIAS 

 
ESTADÃO. Em clima Natalino, 23 de dez. de 2010. Disponível em:<https://www.estadao.com.br/blogs/estadinho/em-clima-natalino/>. Acesso em: 19 de dez. 2019. 

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