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12/08/2021 às 19h10min - Atualizada em 12/08/2021 às 18h41min

Os ritmos e desafios em: A Jornada de Vivo

O musical da Sony Pictures traz personagens marcantes e uma trilha sonora para deixar qualquer espectador com vontade de dançar

Luann Motta Carvalho - Editado por Ana Terra

Quando falamos de animações, é comum pensarmos nos estúdios mais tradicionais do meio, como a Pixar e a Dreamworks. No entanto, aqui nós temos um exemplo de uma produtora que vem se destacando cada vez mais nos últimos anos: a Sony Pictures Animation. A Sony foi responsável pelo aclamado Homem-Aranha no Aranhaverso, lançado no fim de 2018, e outra animação mais recente: A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, outro sucesso de crítica e público. Embalada pelo acerto, o estúdio contou mais uma vez com a distribuição da Netflix para o lançamento de A Jornada de Vivo (no original, Vivo). 
A animação teve uma ótima recepção nos últimos dias, chegando a figurar no primeiro lugar do “Top 10 no Brasil hoje” da Netflix – neste momento, está no quarto lugar.

Dessa vez, a Sony apostou em um musical e para isso, o estúdio trouxe Lin-Manuel Miranda, que assim como a própria empresa, é um nome de muito sucesso dos últimos tempos em Hollywood. Lin-Manuel produziu o premiado musical Hamilton e contribuiu para a trilha sonora de Moana – Um Mar de Aventuras. A direção ficou por conta de Kirk DeMicco, que dirigiu Os Croods, nomeado ao Oscar de Melhor Animação em 2014.

Somado ao fato de ter criado a maioria das canções do filme, Lin-Manuel Miranda também dublou o jupará Vivo, protagonista do filme, em uma união que se mostrou um acerto gigantesco. Junto de Vivo, o seu dono, Andrés (Juan de Marcos Gonzalez), enriquecia a narrativa com seu carisma e história de vida. No enredo, ambos realizam apresentações musicais pelas ruas de Havana, em Cuba, e logo de cara, nós temos o ritmo latino representado em “One of a Kind”.


Nesse sentido, a representação cubana no filme é mais um ponto a se destacar. Apesar das animações serem um meio fácil para exibir estereótipos, Vivo consegue trazer um cenário visual espetacular de Cuba e com diversos detalhes culturais. Ao mesmo tempo, os ritmos musicais, com uma mistura de pop, hip hop e o gingado latino, evidenciam a genialidade de Lin-Manuel Miranda, que é de origem porto-riquenha.

Em meio ao cenário cubano, temos a motivação principal do enredo apresentada, depois de Andrés receber uma carta de uma grande estrela em Miami: a cantora Marta Sandoval (Gloria Estefan), antiga parceira do músico e também, uma antiga paixão de Andrés. Após um acontecimento inesperado, Vivo decide partir para os EUA e entregar uma canção de amor escrita por Andrés para sua amada. A partir daí, para sua missão em Miami, o jupará conta com a ajuda da sobrinha-neta de Andrés, a aventureira Gabi (Ynairaly Simo). Contudo, a garota não pode fazer nada que sua mãe, Rosa (Zoe Saldana), fique sabendo.


É nessa conexão improvável entre Vivo e Gabi que temos o fortalecimento dos personagens através do poder da amizade. Na busca pelo objetivo final, os dois encaram vários desafios, desde de fugir de escoteiras até passar por um pântano perigoso, onde temos a aparição do casal de aves Dançarino (Brian Tyree Henry) e Valentina (Nicole Byer), personagens bastante cativantes e que ajudam Vivo em sua jornada. É nesse ponto que a animação se perde um pouco, com um arco desnecessariamente arrastado. No entanto, é uma questão que não tira o brilho do roteiro, além de servir para consolidar o vínculo entre os protagonistas, tudo isso com um cenário de cores bastante harmonioso, contando sempre com a bela trilha sonora, a parte mais acertada do filme.

Portanto, a animação da Sony é mais um exemplo para ilustrar o paradigma que os estúdios devem seguir daqui em diante. Vivo é um ótima pedida para quem deseja algo divertido, emocionante e relaxante, com um roteiro simples e afiado, personagens carismáticos e uma trilha sonora arrebatadora – afinal, é impossível não se remexer ou se emocionar com as canções do filme, especialmente com “Inside your Heart”, no final da trama. 

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REFERÊNCIAS:
SANTOS, PH. “A Jornada de Vivo: Lin-Manuel em carisma e música | crítica”. PH SANTOS. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oXYjDWSChCk>. Acesso em: 09 de ago. de 2021.
VIANNA, Katiúscia. “A Jornada de Vivo”. ADORO CINEMA. Disponível em: <https://www.adorocinema.com/filmes/filme-252469/criticas-adorocinema/>. Acesso em: 09 de ago. de 2021.
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