Olimpíadas de Tóquio despertaram o lado geek dos atletas

De comemorações nos pódios a apresentações valendo medalhas, os Jogos promoveram a cultura nerd

Quando Tóquio foi anunciada como sede das Olimpíadas, criou-se muita animação por conta de toda a tecnologia e tradição do país. Além disso, era esperado que essa edição fizesse muitas referências nerds, já que o Japão é a casa de muitos mangás, animes e videogames que fizeram (e fazem) parte da vida de muitos atletas e espectadores.O tom de como seriam as Olimpíadas de Tóquio foi dado no encerramento da Rio 2016, quando o primeiro-ministro, Shinzo Abe, surgiu no Estádio do Maracanã vestido de Super Mário.

 

Passaram-se quatro anos e a expectativa cresceu, mas quando 2020 chegou o Comitê Olímpico Internacional encontrou um obstáculo: a pandemia da Covid-19. A organização teve de adiar os Jogos por conta das medidas sanitárias e da impossibilidade dos atletas de treinarem durante esse período. Em 2021, mesmo com resistência, a alta desaprovação da população japonesa e o Japão em estado de emergência, os Jogos Olímpicos aconteceram. A abertura teve de ser adaptada, mas para quem esperava algum aceno à cultura geek não se decepcionou. Na entrada dos países, cada delegação entrou ao som de trilhas sonoras de videogames. Entre elas estavam as músicas de: Final Fantasy VII, Chrono Trigger, Sonic, Monster Hunter. Os responsáveis pelas outras alusões foram os atletas que, ao longo da competição, aproveitaram o ambiente para mostrar o lado geek.

 

O holandês Kiran Badloe, representante do país na Vela categoria RS:X, apostou em um visual diferente para a competição. Kiran descoloriu os cabelos, cortou um moicano azul e fez quase um cosplay do personagem principal de Avatar: A Lenda de Aang. O corte parece ter dado sorte, pois o holandês foi campeão olímpico.

Reprodução: Omelete

Na ginástica rítmica, a equipe do Uzbequistão se apresentou com tema de abertura de Sailor Moon. As ginastas estavam vestidas com as roupas características dos personagens e conquistaram muitos fãs nas redes sociais. Elas ainda usaram um remix de músicas da banda brasileira Timbalada.

Atletas do Uzbequistão na ginástica rítmica / Reprodução: GE

Já no atletismo, a equipe masculina dos 4x100m rasos da China fez um kamehameha (ou um hadouken) na entrada da pista. Eles não foram os únicos que fizeram e a repetição causou a dúvida de qual seria a referência: de Dragon Ball ou do game Street Fighter. O skatista Pedro Barros, 26 anos, foi o representante do Brasil no skate park e,  logo na sua estreia nas Olimpíadas,  conquistou a medalha de prata. No pódio, ele fez uma homenagem ao desenho Dragon Ball, o qual Pedro é fã assumido.

Pedro Barros / Reprodução: Otakus Brasil

Isaquias Queiroz fez o movimento imitando o gesto do Aquaman e lançou um kamehameha na comemoração da sua 4º medalha olímpica e sua primeira de ouro.

Isaquias Queiroz / Reprodução: Uol

O boxeador Benjamin Whittaker, que venceu o brasileiro Keno Marley nas eliminatórias, também fez o gesto. Infelizmente, o atleta teve um comportamento ruim ao perder a final e ficar com a prata. Ele se recusou a colocar a medalha no pescoço e guardou no bolso.

No salto em distância, o grego Miltos Tentoglou, que conquistou a medalha de ouro, repetiu a pose de um personagem de One Piece.

Reprodução: Jovem Nerd

A campeã olímpica no tiro esportivo, Vitalina Batsarashkina, é fã de The Witcher e levou um amuleto para acompanhá-la durante a disputa da medalha.

Reprodução: PC Gamer

Referências:

CASINHARES, Mariana. 5 momentos que os atletas olímpicos provaram ser tão nerds quanto a gente. Omelete, 2021. Disponível em: . Acesso em: 13 de agosto de 2021.
GARCIA, Tayná. One Piece, Avatar e mais: atletas olímpicos mostraram seu lado nerd durante os Jogos. Jovem Nerd, 2021. Disponível em: . Acesso em: 13 de agosto de 2021.​