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21/10/2021 às 15h36min - Atualizada em 16/10/2021 às 21h34min

Conheça 5 patrimônios imateriais do Rio Grande do Norte

Entenda as expressões regionais, culinária, lendas e muito mais.

Ruth Heveline - Revisado por Isabelle Marinho
(Montagem por Ruth Heveline)
O Rio Grande do Norte (RN) está situado no Nordeste do Brasil e sua capital é a cidade de Natal. Esse estado é conhecido como esquina do continente, já que é próximo da Europa e da África. Ao longo do texto você vai perceber que o indígena, o português e o negro influenciaram na formação do povo norte-rio-grandense e na sua cultura, contribuindo para o patrimônio imaterial. Tal patrimônio representa um bem precioso, pois reúne conhecimentos, modos de vida, artes, músicas e tantos outros exemplos que foram passados de geração. 

Nesta lista, você verá os 5 patrimônios imaterias do RN:

Expressões da região:

Oxente - demonstra supresa, espanto.

A origem dessa palavra tem duas versões que não são comprovadas. A primeira é que os habitantes do noroeste espanhol pronunciavam algumas palavras como 'paxar' ou 'xente' e, assim, influenciou 'oxente'.  A segunda versão é que em Parnamirim no RN, havia uma base militar, durante a 2º Guerra Mundial e os americanos falavam 'oh shit', que quer dizer "merda". Os potiguares - pessoas nascidam em Natal - não conseguiam pronunciar essa palavra. Por isso, adptaram pelo oxente.

Boy -  refere a qualquer gênero independente da idade; Essa expressão sofreu influência dos americanos quando vieram a Natal.

Avia - sugere que a pessoa se apresse. 

Tem pareia não - algo que é muito bom e não tem como comparar.

Pia - sentido de olhar e espiar algo.

Resenha - algo engraçado ou conversas entre amigos.

De rocha - quando você concorda com alguém.

Cheiro - o mesmo que beijo.

Aperrear - atormentar alguém. 

Lendas

Conta a lenda que Jararaca, cangaceiro de Lampião, ao fugir do cenário da batalha de Mossoró no ano de 1927, mesmo ferido no peito e na coxa, conseguiu atravessar a ponte de ferro e se abrigar embaixo de uns pés de oiticica na região conhecida por Saco. Lá, ele uniu sua riqueza indébita em uma caixa de charutos para enterrá-la, marcando o local com um pau seco fincado. Depois de morto, sua alma teria aparecido a um pequeno comerciante de Mossoró para que o mesmo fosse desenterrá-la.

Segundo a lenda, esse comerciante alguns dias após o assalto dirigiu-se ao “Saco”, a fim de trazer alguns animais que comprara. Atravessou a ponte do trem, e continuou seguindo o seu caminho quando ouviu uma voz lhe chamando. Procurando o autor da voz, reconheceu o mesmo como sendo o bandido Jararaca, que ele havia visto algumas vezes na cadeia, antes do mesmo ser “justiçado” pela polícia, trajando a mesma roupa de quando havia sido preso. Mesmo sabendo que o bandido estava morto, o comerciante não teve medo. 

Disse o espectro de Jararaca:
"Tire o pau daí, cave um pouco, no buraco tem uma caixa com 22$000 (vinte e dois contos de réis) e um punhal com duas alianças de ouro. São seus”.
O comerciante fez exatamente como lhe dissera Jararaca. Quando levantou-se para agradecer pela oferta, no entanto, não havia mais ninguém no local além dele; o espectro desaparecera inexplicavelmente.

Culinária

Jinga com Tapioca


Jinga com Tapioca é um prato típico criado na praia de Redinha, em Natal, no ano de 2016. O prato é resultado da combinação de pequenos peixes fritos como recheio para a tapioca.
 
Grude


Em Extremoz, o grude foi influência dos indígenas potiguares. Essa comida é feita de goma de mandioca e coco ralado, sendo uma tradição de muitos anos no município da Grande Natal.

Pastel de Tangará

Tangará fica a 95 km da capital. É o pastel mais famoso do Rio Grande do Norte.


Carne de sol e Queijo de Coalho

Esses alimentos fazem parte do patrimônio imaterial de Caicó, município do Rio Grande do Norte. 

Fica aqui a dica para você que um dia for conhecer o RN: não deixe de experimentar essa gastronomia simples e saborosa, pois 'tem párea não'!

Folclore

Abaixo há alguns dos principais autos culturais (espetáculos teatrais):
        
Boi dos Reis, populamente conhecido como Bumba meu Boi, é apresentado anualmete. Esse auto consiste numa dança acompanhada por música regional, onde um homem vestido de boi faz várias coreografias. Ao redor do boi aparecem vários personagens típicos do século: vigário, cobrador de impostos, escravo fugitivo, boiadeiro, capitão do mato e o valentão. Além do Boi Calemba, fandango, congos, caboclinhos, lapinha e pastoril.


O Fandango é visto na cidade de Canguaretama-RN: seu principal foco gira em torno de uma tradição contada sobre um navio que ficou perdido em alto mar, devido as ameaças de tempestade e incêndio.

Os tradicionais Congos são de herança africana, com elementos religiosos católicos que contam a luta entre um rei e uma rainha. Os tradicionais cabloclinhos são muito representados no período carnavalesco, onde os representantes se fantasiam de indígenas.

Danças

O coco, junto com o bambelô, são danças de círculo acompanhadas de instrumentos de repercussão (como batuque). Encontradas no litoral, o bambelô é muito praticado nas serras do Alto Oeste Potiguar. O maneiro-pau, o coco, o bambelô são danças típicas de roda, sem nenhum tipo de enredo dramático, onde é livre a participação de qualquer pessoa.


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