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29/11/2021 às 18h02min - Atualizada em 29/11/2021 às 15h37min

Idade Média | Entenda o período mais falado da História

Período com comportamentos, costumes e pensamentos bastante diferentes e incomuns da nossa atualidade.

Ruth Heveline - Revisado por Isabelle Marinho
Ilustração da Idade Média. (Foto: Reprodução/ Aventuras na História)

 

O período da Idade Média aconteceu na Europa entre os séculos V e XV e, na história do Ocidente, é situado entre a História Antiga e a História Moderna. 
 

As condições da população na Idade Média eram muito duras. A expectativa de vida era pequena, a mortalidade era bastante elevada e aqueles que ultrapassavam os quarenta anos de idade eram considerados velhos. A população vivia dos produtos que cultivava, e qualquer calamidade, como secas e inundações, ocasionava grandes períodos de fome. 
 
Na Idade Média, as pessoas interpretavam as dificuldades de acordo com suas superstições, considerando-as intervenções do demônio ou castigos de Deus. Isso porque a Igreja Católica era o centro de tudo e sua capacidade influenciava a população e interferia nas artes, cultura, filosofia e outros aspectos sociais. 
 
Para entender melhor essa época, trouxemos algumas curiosidades sobre o que se passava na Era Medieval: 

Tratamento de doenças 
 
A Peste Negra, ou Peste Bubônica, dizimou um terço da população europeia no século XIV e para erradicar essa doença eram feitos tratamentos tão esquisitos, quanto ineficientes.

Alguns deles eram: sentar no esgoto para que o “ar ruim”, ao qual se creditava ser o motivo da Peste, fosse espantado por outro ainda pior; comer pó de arsênio (um metaloide quase insípido e inodoro que causa significativa toxicidade aguda e crônica em todo o mundo); matar todos os cachorros e gatos da cidade; aplicar o traseiro raspado de uma galinha nas feridas; e chicotear as costas andando de cidade em cidade. 


Medicina ineficiente 

A Igreja Católica limitava o acesso do estudo da medicina aos medievais. Por isso, as cirurgias e extrações de dentes eram realizadas sem anestesia e higiene, além de serem feitas por pessoas sem experiência, como os barbeiros.

Para aliviar a dor dos pacientes, os ‘cirurgiões’ lhes davam bebidas alcoólicas antes dos procedimentos, para que o sujeito ficasse inconsciente. O pós-operatório também não era tranquilo, já que as feridas eram tratadas com óleo quente. 

Má higiene 
 
Na Idade Média, padres e médicos espalharam a crença em toda a população de que a água quente fazia enfraquecer os músculos e reduzia as habilidades motoras, gerando doenças.

Também passou a ser divulgado, naquela época, que a sujeira era benéfica à saúde, teoria aprovada pela comunidade médica, que acreditava que a água abria os poros e deixava os indivíduos vulneráveis à doença. A higiene pessoal não era considerada uma prioridade. Eles tomavam banho três vezes ou menos por ano, e para serem considerados limpos, bastava lavar as mãos e o rosto. 


Animais deviam ser julgados como humanos
 
A Justiça da época punia atos impróprios ou criminosos, tanto dos seres humanos quanto dos animais. Os bichos podiam receber sentenças de juízes na Idade Média por estragar plantações ou por comer comida que não lhes pertencia, por exemplo. Os animais domésticos, como porcos, vacas, cavalos, cachorros; e aqueles que eram considerados pragas, como ratos e insetos eram  condenados de praticar algum ato ilícito. 
 

Pagamento monetário pelo perdão de pecados 
 
A venda das indulgências, isto é, pagamento de dinheiro, servia como perdão espiritual dos pecados concedido pela Igreja Católica, que após efetuada o pagamento, o indivíduo poderia saber se a posição dele no Paraíso já estava garantida. Esse foi um mecanismo criado para obter vantagens econômicas e políticas. Esse comportamento foi bastante criticado na Reforma Protestante por Martinho Lutero, já que acreditava que só Deus podia perdoar pecados. 
 
Aniversário na Idade Média 

As pessoas na Idade Média tinham uma crença intensa  na existência de espíritos bons e de espíritos maus. No dia do nascimento do aniversariante todos receavam que esses espíritos maus causassem algo ruim e, então, a  família e amigos ficavam rodeados, cujos votos de felicidade e suas próprias presenças o protegeriam contra os perigos não conhecidos que esse dia supostamente representava.

A entrega de presentes, acompanhada por uma refeição em conjunto, ajudava a invocar a presença dos espíritos bons. Portanto, a festa de aniversário natalício destinava-se essencialmente a livrar a pessoa do mal e a tentar garantir que tivesse um ótimo ano à sua frente.

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