Conhecida por sua personagem Blanca Evangelista, na inovadora série da FX, 'Pose', MJ Rodriguez deixou seu nome registrado na premiação do Globo de Ouro que aconteceu no último dia 9 de janeiro nos Estados Unidos, com todas as polêmicas envolvendo a premiação.
"Para os meus bebês LGBTQIA+, nós estamos aqui. A porta está aberta, agora mirem nas estrelas! Para todas as indicadas, somos Rainhas. Estou muito feliz em dividir esse espaço. Cada uma de vocês é fenomenal"
Em um Globo de Ouro diferente do convencional, onde a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), que escolhe e premia os vencedores, está envolta em uma série de polêmicas e, por isso, realizou o evento sem a presença de celebridades, tapete vermelho e nem transmissão pela TV.
Mas isso não apagou o brilho da maior premiada da noite, MJ, deixou mais um feito histórico, em 2021 se tornou a primeira atriz trans indicada ao Emmy em uma categoria importante de atuação por seu papel em ‘Pose’.
"Esta é uma porta que está se abrindo para muitos jovens talentosos. Eles verão que isso é mais do que possível. Eles verão que a jovem garota negra latina de Newark, que tinha um sonho, um sonho de mudar a mente dos outros com amor. O amor vence. Para meus jovens bebês LGBTQAI, estamos aqui! A porta está aberta. Agora, alcancem as estrelas."
Os fãs da série comemoraram a vitória da atriz, não só porque ela é a protagonista da história, que se passa nos anos 1980 e narra o cotidiano da comunidade LGBTQIAP+ em meio à crise emergente da Aids, mas porque ela é a primeira mulher trans vencedora da premiação.
Na série, que neste ano estreia sua terceira e última temporada, Michaela é Blanca, uma mulher trans filha de imigrantes latinos que foi expulsa da casa dos pais e cria sua própria família, "adotando" outras pessoas LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade.
A trajetória da personagem não é tão diferente da história da atriz de 31 anos, nascida em Nova Jersey, nos EUA. MJ tem ascendência afro-americana, por parte de mãe, e latino-americana, por parte de pai, que é de família porto-riquenha, ela também fez parte do universo ballroom, casas de baile que surgiram no underground de Nova York, frequentadas principalmente pela comunidade LGBTQIA+, cenário marcante em "Pose".