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24/01/2022 às 21h23min - Atualizada em 24/01/2022 às 20h45min

BBB 22 aposta na diversidade

A edição 22 do reality da globo, comandado por Tadeu Schmidt, conta com uma mistura de diversidade nunca antes vista dentro do programa

Gean Rocha - editado por Larissa Nunes
Parte do elenco da diversidade da edição 22 do BBB. (Foto: Reprodução / Terra).

O Big Brother Brasil 22, maior reality show do mundo estreou no último dia 17 de janeiro, e o que chamou atenção do público foi a diversidade dos participantes da edição desse ano.

Não é novidade que a Globo sempre inclui em suas produções perfis não heterossexuais, a diversidade de gêneros e orientações sexuais faz parte da política da emissora, não apenas entre personagens da teledramaturgia, como também entre funcionários e colaboradores.
Conheça abaixo um pouco de cada um desses participantes:

Thiago Abravanel:


Conhecido por ser neto de Silvio Santos e pelo seu trabalho como Tim Maia, o apresentador e ator de 34 anos e um dos representantes da letra G da sigla LGBTQIAP+. Thiago é militante da causa gay e já bateu de frente com sua Tia, Patrícia Abravanel em um episódio, onde a filha de Silvio Santos defendeu que os gays devem ter maior compreensão com as pessoas que ela chamou de "conservadoras" e debochou da sigla LGBTQIA+. O apresentador é casado com o produtor Fernando Poli e tem planos de oficializar a união em 11 de outubro de 2022.
 

Linn da Quebrada:


Atriz e cantora, Lina Pereira de 31 anos é a segunda mulher trans na história a participar do reality, depois de Ariadna que participou do BBB 11. A artista é conhecida por mostrar suas opiniões políticas. Linn ganhou projeção em 2017, quando lançou a música “Enviadescer”, dona de sucesso como “Talento”, “Bixa Preta” e “Mulher”, Linn atuou em produção na Tv e um dos seus trabalhos mais conhecido é na série da globo, “Segunda Chamada”, onde interpreta Natasha uma travesti, que abandonou os estudos pelo preconceito que vivia.


Bruna Gonçalves:


A letra L da sigla LGBTQIAP+ está sendo representada pela dançarina, digital influencer e esposa de Ludmilla, aos 30 anos, Bruna coleciona seguidores nas redes socais. Fã das laces, já passou pela transição capilar, mas a dançarina diz que é muito grata e tem orgulho de ser chamada de mulher da Ludmilla, mas vê no reality a chance das pessoas de conhecerem sua história.


Vinicius (Vyni):


Da região do Cariri, no Ceará, Vyni conquistou o público de imediato e já soma mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, Vyni é Bacharel em Direito, tem 23 anos e se intitula ‘influencer de baixa renda’. Vyni faz parte de duas minorias na casa, gay e nordestino e em seu vídeo de apresentação, o cearense disse que já levou muitas pancadas da vida, mas sobreviveu.


Luciano Estevam:


A letra B da sigla LGBTQIAP+ está sendo representado na casa mais vigiado do Brasil, pelo bailarino de 28 anos, natural de Florianópolis. Quando teve seu nome divulgado, uma bandeira do arco-íris chamou atenção do público no perfil de Luciano, que tempo depois o administrador do perfil atualizou o espaço com a frase: “o B de LGBT não é Bixcoito”, dando a entender que Luciano é bissexual.


Natália Deotado:


A designer de unhas e modelo, é do grupo pipoca e tem vitiligo, uma doença caracterizada pela despigmentação da pele em áreas específicas do corpo e disse que descobriu a doença aos 9 anos, quando as primeiras manchas apareceram perto dos olhos. Em seu vídeo de apresentação, a modelo falou que tinha vergonha e tampava, até descobrir o que era se respeitar desta forma.

Em outras edições, a diversidade estava presente, mas não tanto quanto nessa edição. Relembre alguns participantes que marcaram a história do Reality:


Ariadna Arantes:


Hoje maquiadora e digital influencer, Ariadna participou do BBB em 2011, se tornando a primeira mulher trans a participar do reality, ela foi eliminada após apenas uma semana de programa, mas recebeu ataques preconceituosos do público e da imprensa que duraram para além de sua saída. Ariadna acredita que Linn tem potencial para se destacar no jogo, representar a comunidade LGBTQIA+ e dar continuidade aos debates gerados por sua participação no programa da Globo em 2011.


Gil do Vigor:


O economista foi um dos destaques da edição de 2021 do BBB, ganhou notoriedade por sua irreverência e seus bordões com “O Brasil está lascado” e “Tchaque Tchaque”. Gay e afeminado, Gil defendeu a comunidade LGBTQIAP+ e emocionou o Brasil com sua história de superação. Hoje, Gil é repórter do programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga e um sucesso no meio publicitário.


Serginho, Dicesar e Angélica:


Em 2010, o reality da globo teve seu ápice do Orgulho Gay, com três participantes que “entraram” programa sem esconder a homossexualidade. O "trio colorido", não levaram 1 milhão e meio de reais para casa, mas dizem que receberam e continuam recebendo o que consideram o maior prêmio de todos: o amor e o carinho dos brasileiros.

Sérgio Franceschini, mais conhecido como Serginho Orgastic, Dicesar Ferreira, conhecido nas boates de São Paulo como a drag queen Dimmy Kieer, e Angélica Martins, apelidada de Morango, fizeram história ao dar pinta, discutir sexualidade, falar de amor e diversidade e até enfrentar a homofobia no maior reality show da TV brasileira. Os três não mantém contato constante, mas dizem que guardam muita admiração e carinho uns pelos outros, pela história que tiveram juntos no BBB.


Jean Wyllys:


Abertamente gay, Jean Wyllys foi campeão da edição do BBB 6, o professor, ativista e ex-deputado federal foi para final com Grazi Massafera, sua grande aliada no reality, e acabou vencendo por 55% dos votos. Ele conquistou ainda mais os telespectadores após falar abertamente que os outros participantes não gostavam dele porque era um homem gay. Em 2019, Jean concedeu uma entrevista para o "Conversa com Bial" e se emocionou muito com as imagens mostradas do reality.
 

"No ‘BBB’, eu tinha um posicionamento amplo, todas as minhas características poderiam ser reunidas e mostradas no programa de televisão", disse em um trecho.


Para Kecy Coldebella, fã do reality, o BBB evoluiu junto com o mundo, e que recentemente ele vem quebrando muitos tabus em relação aos seus participantes.
 

“Esse ano, depois de quase 11 anos, temos a segunda mulher trans na casa, então podemos considerar uma vitória, pois faz anos que a produção não incluía participante deste gênero, que chegasse lá e falasse da sua história, da sua luta. A primeira foi a Ariadna (2011), mas por ainda ser um tabu muito grande naquela época não tivemos a chance de conhecer sua história, e que esse ano possamos conhecer a Lina (Linn da Quebrada)” ressalta Kecy.


Kecy completa afirmando que o fator chave para essa mudança de tabu é a desconstrução de uma sociedade muito preconceituosa e machista, e está edição novamente nos traz uma oportunidade de aprender com os participantes e suas histórias.

Conheça todos os participantes da edição 22 do Big Brother Brasil:
 

Vídeo de apresentação do elenco do Big Brother Brasil 22. (Reprodução: Canal TV Globo / YouTube).

 

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