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31/01/2022 às 13h55min - Atualizada em 31/01/2022 às 13h24min

Antissemitismo | 2021 foi considerado o ano do ódio contra judeus

Promulgado dias antes da Memória do Holocausto, o relatório de organizações judaicas indica o crescimento de conspirações e ataques ao grupo judeu.

Giovanna Macedo - Revisado por Isabelle Marinho
Antissemitismo cresce no mundo todo, principalmente na Europa. (Fonte/Reprodução: GETTY IMAGES)
No dia 24 de janeiro, semana marcada pela memória internacional das vítimas do Holocausto, saiu um relatório da Agência Judaica e Organização Sionista Mundial constatando que 2021 foi considerado o ano do antissemitismo. Ações de violência motivadas pelo ódio ao povo judeu elevou o número desses casos mundialmente, constatando-se que a metade dos atos relatados foram na Europa e quase 30% nos Estados Unidos.

Dentre os principais acontecimentos “estão relacionados atos de vandalismo, destruição, inscrições em lápides e profanação de sepulturas, também propaganda antissemita”, expõe o texto.

No relatório, a Organização Sionista Mundial, junto a Agência Judaica, afirma que houve um crescimento de conspirações antissemitas circulando nas redes sociais.

Entre os principais motivos analisados, a Covid-19 mostrou-se presente: internautas espalharam boatos sobre a possível criação do vírus pelos judeus, além de haver um grande negacionismo ao Holocausto por parte de pessoas que, contrárias à vacina, usam uma estrela amarela – símbolo utilizado pelos judeus na época do nazismo – querendo, de algum modo, se comparar às vítimas do massacre de 1941.


Relacionada à propagação de ódio contra os semitas, a guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, em maio de 2021, também foi um dos fatores considerados pelo relatório. Segundo as organizações, o conflito provocou diversas manifestações e protestos pró-palestinos e anti-israelenses, pelo número de mortes no lado palestino (260), o que se transformou em grave violência contra os judeus.

Com o objetivo de lutar contra o antissemitismo e combater a “negação ao Holocausto”, ato que teve maior evidência na pandemia, a Assembleia Geral da ONU adotou no dia 20 de janeiro uma resolução que rejeita e condena qualquer negação ao massacre dos judeus. Através dessa reunião, foram estabelecidas algumas definições sobre o termo, o que inclui tentativas de distorcer fatos históricos.

Tentar comparar alguma situação com o ocorrido no Holocausto, assim como minimizar grosseiramente o número de vítimas ou o impacto dessa data para o povo judeu, são algumas ações que podem ser consideradas banalização ao ocorrido.

Diversos países estão frente ao combate contra o antissemitismo no mundo, assim como a ONU, que em sua resolução solicitou as empresas de mídias sociais a tomarem medidas para evitar a propagação de ódio e atos antissemitas nas redes.

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