Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
31/01/2022 às 18h25min - Atualizada em 31/01/2022 às 18h15min

10 anos do álbum Born To Die

O álbum de Lana Del Rey que revolucionou a indústria musical completou 10 anos no dia 27 de janeiro.

Beatriz Costa Rodriguez - Revisado por Isabelle Andrade
Capa do álbum Born To Die. (Foto: Reprodução/Stranger Records)

O ano era 2012 e o mundo da música pop estava vivendo uma onda do eletrônica com cantoras como Rihanna, Lady Gaga, Kesha e Katy Perry com bubblegum pop até que no dia 27 de janeiro de 2012 Lana Del Rey  fez sua estreia na mídia global com o álbum Born To Die com o alt pop e alt indie que estava dominando as rádios na época.
 

Em outubro de 2011 Lana  havia lançado  o single “Video Games” e o clipe trazia imagens amadoras, filtros vintage e cenas de filmes e desenho animado, fazendo com que a cantora criasse uma estética única, através da nostalgia das décadas anteriores para o mundo moderno. O álbum envolve temas da juventude, patriotismo americano, álcool, drogas, relacionamentos intensos com uma estética retrô em seus clipes. Com sua voz etérea e sua estética lúdica, a cantora conquistou seu espaço na mídia internacional através do gênero dream pop e lançou um dos álbuns mais marcantes de sua geração.

 

Em uma estética vintage, a Del Rey incorporou elementos das pin-ups dos anos 50 em seu visual, sempre figurando carros de modelos clássicos em seus vídeos e popularizando o conceito do casal “Bonnie & Clyde”, que consiste em relacionamentos problemáticos. Toda a estética de Born To Die moldaram muitos adolescentes na época do Tumblr  que postava fotos com cigarros, camisa branca, coturno, posts sobre viver sem consequências, tristeza, bandeira dos Estados Unidos, camiseta de banda e coroa de flores. Na produção, além de contar histórias veridicas, Lana também as cria mas nunca revelou se a mesma já vivenciou alguma delas.
 

Iniciando o álbum com a música Born To Die a cantora fala sobre se encontrar e aproveitar os últimos momentos, em Off To The Races diz sobre ser inconsequente e se vender por um “amor”, já com Blue Jeans ela descreve o sentimento de perder um amor.

 

Na quarta faixa, Vídeo Games ela relembra como aproveitou a vida ao lado de seu grande amor, mas em Diet Mountain Dew Lana mostra que insiste nesse amor mesmo sabendo que não vai dar certo, mostrando um certo medo da solidão por outro lado em National Anthem ela mostra sua visão ilusória de como amor é a coisa mais importante no mundo.
 

Já na música Dark Paradise Del Rey fala como a morte de seu verdadeiro amor nunca vai deixar ela viver em paz, seguido de Radio uma música que diz sobre ter uma nova paixão e encontrar um novo sentido para viver, com Carmem ela faz uma abordagem sobre a respeito da prostituição.

Em Million Dollar Men Lana sente o peso de amar uma pessoa inconsequente, com Summertime Sadness sofre pela despedida de um grande amor que desistiu de viver, já em  This What Makes Us Girls a mesma retrata saber o porque todas as garotas passam por problemas e complementa dizendo que as mesmas querem o paraíso mas colocam o amor em primeiro lugar.


Na faixa Without you Del Rey diz que de nada vale a vida sem um amor verdadeiro, com Lolita é relatado um romance proibido e por fim em Lucky One Lana mostra que teve a sorte de encontrar um amor e e agora é capaz de fugir de sua realidade.


A obra musical como um todo foi um grande sucesso, já chegou a ficar em #2 na Billboard, ficando mais de 414 semanas na lista da Billboard 200 e até 2014 Lana Del Rey já tinha vendido mais de 7 milhões de cópias do álbum.

 

Born to die foi um dos álbuns que mais transformou a indústria musical em 2011, visto que os sucessos da época eram músicas eletrônicas, pop com letras genéricas e Lana Del Rey chegou para mudar isso, apresentou para o mundo como o sentimentalismo podia ser algo mercadológico e abriu um novo caminho na música introspectiva e pessoal.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »