Sonic (2020) foi um um dos filmes que tem algumas marcas para carregar, foi um dos últimos filmes lançado nos cinemas sem ser impactado pela pandemia, e ter o seu visual alterado por pedido dos fãs após os primeiros trailers e cartazes liberados. E agora temos a sequência que traz Tails e Knuckles para as telonas.
E assim como o primeiro filme, o longa é divertido, com ação e para toda família, mas agora com mais elementos para a construção de ‘sonicverso’ pela Paramount Pictures. Aqui temos uma pequena passagem de tempo entre um longa e outro, mas fica claro nas primeiras cenas que Sonic faz parte do planeta Terra e sua presença se tornou algo comum, inclusive ele age com um vigilante, como vimos no trailer. A solidão mostrada no primeiro filme é substituída pela diversidade de conteúdos.
Ele mantém a fórmula como conhecemos, seja pela quebra da quarta parede ou pelas piadas centradas no protagonista. A diferença fica pela inserção de Sonic em novos elementos e principalmente não depender de Robotnik (Jim Carrey) em alguns arcos. E a inserção de seu parceiro Tails reforça os novas histórias.
A narrativa é com Sonic e sobre ele, se antes James Marsden e Natasha Rothwell são para ser a família do ouriço na Terra, aqui eles assumem um papel mais coadjuvante e fora da narrativa principal. O que traz muita animação para o filme do que a interação entre elementos live action e e digitais do primeiro filme.
O destaque ‘real’ é novamente Jim Carrey ele novamente consegue unir a vilania com trejeitos que nenhum outro ator consegue. Mesmo com o bigode e careca característico do personagem, ele nunca perde a graça. Ele mostra muito carisma e consegue nos divertir de uma forma inesperada para quem capturar o protagonista.
A ação é diferente do primeiro filme, ela é mais imersiva e brinca melhor com os poderes de Sonic. Mesmo tendo muitos elementos digitais do que efeitos práticos, a aventura é elegante e imersiva. O espectador se sente próximo a ela, e consegue inclusive trazer um perigo real, já que pensamos que o vilão pode conseguir em alguns momentos.
Tails é grande companheiro e tem um tempo de tela intenso, mas é Knuckles (Idris Elba) quem o aproveita melhor, ele é rabugento, badass e implacável em suas cenas. A primeira inclusive (Que não está no trailers) é memorável. Ele cativa mesmo sendo um ajudante do vilão.
E pela primeira vez temos os games com mais influência, temos as esmeraldas do caos e o clã das Equidnas como ameaças. O que é ótimo, pois a aventura está toda aqui, apenas isso é o suficiente para trazer divertimento e Sonic na sua melhor forma.
A trama segue sem riscos, ou dentro do esperado, se preferir, já que temos novamente um filme mais infantil, não compromete, mas toma riscos. A diferença fica pelos elementos da cultura pop que Sonic expressa, ele absorve tudo o que conhecemos e traz tudo em seus diálogos. Como The Rock que é citado novamente.