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30/05/2022 às 00h32min - Atualizada em 29/05/2022 às 23h52min

Nova versão de "Pantanal" e as mudanças comparadas com a versão original

Remake de Bruno Luperi traz novos atores, novas tecnologias e assuntos atuais

Larissa Varjão - editado por David Cardoso
Logo da novela Pantanal (Foto: Reprodução/TV Globo).
A novela Pantanal foi exibida pela primeira vez em 1990 pela TV Manchete. Agora, uma nova versão adaptada e assinada por Bruno Luperi, neto do autor da versão original, Benedito Ruy Barbosa, está sendo exibida na TV Globo às 21 horas. A trama conta a história de José Leôncio e sua vida como peão em Pantanal.
 
Após 32 anos, existem algumas diferenças entre as duas obras. Começando pelos personagens, na primeira versão, Claudio Marzo interpretou três personagens na trama. Agora, cada um é vivido por um ator diferente. Irandhir Santos é Joventino, Marcos Palmeira é seu filho José Leôncio, e Osmar Prado, o Velho do Rio. Além disso, Irandhir também dá vida à “Zé Lucas”.


Irandhir Santos, Marcos Palmeira e Osmar Prado. (Foto: João Migel Junior/Globo)
 
Mesmo com novos personagens, alguns tiveram a chance de participar das duas versões. Marcos Palmeira que hoje é o “Zé”, em 1990, era Tadeu, interpretado hoje por José Loreto. E Almir Sater, que hoje é Eugênio, era Trindade alguns anos atrás. Porém, quem dá a vida a Trindade em 2022 é seu próprio filho, Gabriel Sater.
 
Novas tecnologias
 
Atualmente, as gravações contam com novas tecnologias que não foram usadas em 1990, como drones, câmeras menores, computação gráfica, transmissões em 8k, modelo 3D de animais, câmeras sem fio e links. “Nos anos 90 as gravações eram em fita k7, hoje é tudo digital, a gente usa o HD que possibilita gravar mais”, explica Alex Lemos Lekão, produtor de arte da rede Globo que faz parte da equipe de Pantanal, em entrevista para o Lab Dicas Jornalismo. Além disso, ainda conta que as gravações são feitas no Pantanal, mas também boa parte é feita no Rio de Janeiro. “Na primeira versão era só no Pantanal, eles ficavam lá direto. Só o núcleo mesmo do Rio de Janeiro que ficava no Rio”. Um exemplo disso, é a tapera da Juma (Alanis Guillen), que foi construída no Pantanal, mas também existe uma igual no Rio de Janeiro.


Muda (Isabella Campos) e Filó (Dira Paes) nos bastidores das gravações de Pantanal. (Foto: Reprodução:@thiagohf9 - Instagram)
 
A onça, símbolo do Pantanal que aparece nas versões, também apresenta curiosidades. De acordo com Lekão, na primeira versão as imagens da onça eram captadas e digitalizadas para serem usadas nas cenas. Hoje, a produção conta com Matí, onça cuidada por humanos e que vive no Instituto NEX para dar vida às gravações.
 
Bruno Luperi trouxe os debates atuais para a nova versão. Um exemplo disso, é a questão de representatividade na segunda família de Tenório (Murilo Benício), que será toda interpretada por negros, diferente da primeira versão. Além do mais, Jove (Jesuíta Barbosa) traz falas contestando o preconceito e a homofobia e é vegetariano, coisa que não acontecia em 1990, onde Jove era homofóbico e comia carne. Guta (Júlia Dalavia), filha de Tenório também é uma personagem forte que sempre reage às atitudes machistas de seu pai.
 

Jove e Guta em Pantanal (Foto: Reprodução/TV Globo)
 
Um outro ponto a ser destacado é a nudez, que foi muito explorada em 1990, e que na nova versão é algo mais sútil. Há dois meses no ar, Pantanal alcançou na última quarta-feira (25), 32,8 pontos de acordo com dados do Kantar Ibope e que foram obtidos pelo NaTelinha junto a fontes do mercado. A trama já havia batido 32 pontos na Grande SP na mesma semana.

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