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19/06/2022 às 11h14min - Atualizada em 19/06/2022 às 11h04min

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo é o multiverso, com lutas, absurdos e sincronia em um dos melhores filmes do ano

Bruno Cunha - Editado por Fernanda Simplicio

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo incorpora todos os conteúdos do multiverso, sejam elas bizarros, entediantes e as loucuras do conceito, em um dos melhores filmes desse semestre. 

 

Uma ruptura interdimensional bagunça a realidade e uma inesperada heroína precisa usar seus novos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso. Não, não é sinopse de Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura. E tudo que faltou no filme da Marvel quanto ao multiverso, sobra em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. E de uma forma que envolve até mesmo o espectador que não gosta de ficção científica ou nem conhece o conceito de diversos universos em uma linha temporal

 

O filme dirigido por Daniel KwanDaniel Scheinert demora a acontecer, afinal ele traz em seu primeiro ato a descrição dos personagens e sua função neste universo. E para abraçar a loucura aos poucos nas cenas seguintes. O roteiro entende que é um conceito difícil de aplicar em um filme, pelo pouco tempo, mas aqui há tempo para as explicações e mostrar como tudo funciona.

 

Para tanto o longa tem uma montagem impecável, por justamente unir os diversos universos em cortes rápidos, aproveitando as diferentes fotografias e os atores com outras formas. Um filme deste tipo precisa de transições certeiras para manter o espectador focado. Aqui temos exemplos de sobra.

 

Os atores também abraçaram o conceito de multi-realidade, com a diferença que aqui eles podem fazer ‘download’ de suas habilidades de um multiverso para aquele momento específico, e com isso muda todas as expressões em cena. E todos eles entendem o processo e transitam bem entre as personalidades. 

 

E não existe ficção científica sem um pouco de loucura e grafismo, o longa abraça isso, mantendo a estrutura. E como ele tem o cuidado de inserir novos conceitos aos poucos, sem exageros e quando as loucuras aparecem, mal percebemos o quão insanas algumas são.

 

As cenas são movimentadas, seja elas com a luta dos personagens, que mudam de acordo com as personalidades. E o trio protagonista preenche tão bem a tela, que a pseudo vilania é colocada como um personagem secundário. 

 

O material de marketing mostra quase nada do grande filme que vemos na tela, a história é maior e mais intensa do que foi prometido. Principalmente pela escalada de gêneros, afinal aqui não temos só ficção científica, temos uma família que está passando por uma crise, com isso temos momentos de drama, de união e de pancadaria, com os três.

 

O trio de atores tem atuações intensas, como este filme pede, e perceber a intensidade de cada momento. O protagonismo é de Michelle Yeoh (Star Trek: Discovery), mas é inegável as grandes cenas de seu marido (Ke Huy Quan) e sua filha (Stephanie Hsu), inclusive tem os melhores pontos de virada do filme.

 

A forma com que vemos o multiverso é didático, mesmo quem nunca ouviu falar ou não costuma ver filmes deste gênero, vai adorar Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo pela grande história e como nos envolve nas diversas tramas. E até as loucuras são legais.

 

O longa é uma narrativa intensa e mesmo com um tema complicado, sabe entender o momento certo de cada elemento e processo. A montagem final de tudo é uma das melhores desse ano e temos um grande filme como resultado. O multiverso do jeito certo, finalmente. E eles não precisaram de nenhum mago supremo, ou o Darkhold para isso. 

REFERÊNCIA
 

Soto, C 'Tudo em todo lugar ao mesmo tempo' une lutas, emoção e absurdo no melhor filme do ano; g1 já viu G1 Disponível em: <https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2022/06/15/tudo-em-todo-lugar-ao-mesmo-tempo-une-lutas-emocao-e-absurdo-no-melhor-filme-do-ano-g1-ja-viu.ghtml>. Acesso em 14 de junho.
 

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