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14/10/2022 às 23h48min - Atualizada em 14/10/2022 às 23h38min

'Lobisomem na Noite': primeiro especial da Marvel surpreende e entrega originalidade

Gravado em preto e branco, faz uma homenagem aos clássicos do horror

Júlia Victória - Editado por Ana Terra
Fonte: Marvel/Divulgação

Quando se fala de Marvel, estamos acostumados a lembrar das dezenas de filmes de super heróis e das séries cheias de conexões. Um ambiente que chega a ficar saturado e até cansativo, já que as produções têm “fórmulas” parecidas.

 

Vendo essa saturação, e um universo amplo de possibilidades, a Marvel resolveu investir em novos formatos e outras narrativas. E foi dessa forma que o estúdio anunciou Lobisomem na Noite, o seu primeiro especial, uma espécie de curta-metragem que quer introduzir personagens e histórias, mas sem se alongar demais.

 

A obra dirigida por Michael Giacchino estreou no dia 7 de outubro na plataforma. Um especial de terror no mês do Halloween, estrelado por um “herói” que o grande público não conhece. Desde a abertura, com o logo da Marvel, percebe-se que é diferente de tudo o que já vimos no MCU.

Até o momento, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura foi a produção da Marvel que mais se aproximou desse lado sombrio, mas não inteiramente. Lobisomem na Noite entrou de vez nesse nicho, mesmo com as limitações da empresa (apesar de uma proposta diferente, ainda é da Disney). O especial é montado de uma maneira que homenageia alguns dos filmes do gênero, gravado em preto e branco e com uma trilha sonora que lembra outros clássicos, como Drácula de Bram Stoker.

 

O desconhecimento sobre a história do personagem deixa o desenrolar da narrativa bem interessante. É curioso citar que o público não sabe imediatamente qual é a identidade do protagonista e esse só revela o seu nome com quase meia hora de exibição.

 

E neste momento, sabe-se que o rapaz excêntrico com pinturas no rosto se chama Jack Russell. Ele faz parte de um grupo de caçadores de monstros e é convocado para uma cerimônia, que acontece depois da morte do líder, Ulysses Bloodstone. Como parte do ritual, os integrantes teriam de competir entre si para conquistar a Pedra de Sangue, um objeto muito poderoso, que estava presa a uma criatura.

 

Jack inicia a busca pelo monstro, mas no decorrer da história, vê-se que não é um caçador. E mais para frente, descobre-se que ele é, na verdade, uma dessas criaturas que o grupo costuma enfrentar.

Fonte: Marvel/Divulgação

Fonte: Marvel/Divulgação

Gael García Bernal faz um ótimo trabalho, entregando o charme e o bom humor que o personagem precisa. Laura Donnelly, que interpreta Elsa Bloodstone, é o segundo destaque. Com um carisma e ótimas cenas de luta, ela é um dos pontos altos da produção.

 

Apesar de o lobisomem em si ser só mostrado quase no final (e ter pouco tempo de tela), o especial é o sopro de ar fresco que a Marvel precisava. Em meio a críticas (e com razão) da queda de qualidade dos roteiros e do CGI, Lobisomem na Noite entrega uma narrativa simples, mas que entretém até o fim. Além de mostrar uma mudança de postura: é a obra mais sangrenta do MCU. As cenas podem surpreender quem não está acostumado.
 

Referências: 
 

SIQUEIRA, Pedro. Lobisomem na Noite | Crítica. Jovem Nerd, 2022. Disponível em: https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/lobisomem-na-noite-critica/. Acesso em 11 de outubro de 2022.
 

PERRI, Alexis. Lobisomem na Noite discute de maneira superficial o mal das famílias tóxicas. Observatório da TV, 2022. Disponível em: https://observatoriodatv.uol.com.br/series/lobisomem-na-noite-discute-de-maneira-superficial-o-mal-das-familias-toxicas. Acesso em 11 de outubro de 2022.


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