Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
07/02/2024 às 17h48min - Atualizada em 07/02/2024 às 17h40min

Crítica | Anatomia de uma Queda

José Castro - Editado por Marcela Câmara
Com o Oscar batendo à porta, várias pessoas começaram correr para maratonar os indicados à melhor filme. Entre os indicados dessa categoria deste ano, temos alguns longas que não são produções americanas, um deles é o filme francês “Anatomia de uma Queda”.

Com uma premissa de mistério a ser solucionado, a cineasta francesa pega na sua mão e te conduz por um turbilhão de emoções e intrigas. O filme começa quando a escritora Sandra Voyter (Sandra Hüller), bebe uma taça de vinho, enquanto da uma entrevista à pesquisadora acadêmica Zoé (Camille Rutherford). Ao invés de responder suas perguntas, ela indaga a jovem sobre seus gostos e confessa sua solidão naquela casa entre as montanhas de neve, localizada na França. Assim, a entrevista fica pra ser finalizada em outro dia.

Nesse tempo, uma fatalidade acontece, o marido da escritora é encontrado morto, pelo filho. Isso não é spoiler, é só o ponta pé inicial da trama. Dependendo do ponto de vista, a queda pode ter sido um acidente, um assassinato ou até mesmo suicídio. Para averiguar as hipóteses, o longa se entrelaça na investigação policial que mistura ao luto familiar e coloca uma lupa nas feridas da vida privada do casal.


Graças às belíssimas atuações de Sandra Hüller e do menino Milo Machado Graner, o filme nos abraça com a dúvida e nos dá sutis lances de reflexão sobre a lógica dos acontecimentos. Sem testemunhas, a morte de Samuel torna-se um mistério a alimentar os tablóides e o imaginário popular em torno de uma renomada escritora.

Após um ano do ocorrido, Sandra vai a julgamento pelo júri popular. Para ser julgada inocente ou culpada. O roteiro é escrito por Justine Triet e Arthur Harari, que são eficazes em nos deixar instigados para saber a verdade sobre o caso. Um detalhe  importante é que a personagem não fala francês fluentemente, o que claramente dificulta ainda mais a sua situação, com isso tudo, a sala de julgamento se transforma em um palco para contar a história, improvisações e discursos.

O longa passa longe de ser tachado como um filme de “tribunal chato” , até porque o clímax vai ser formando antes de chegamos ao julgamento em si.  E esse enredo faz que o telespectador fique cada vez mais curioso para saber o plot, que é a sentença da protagonista.

O lançamento mundial foi em março de 2023 no Festival de Cannes, e chegou ao Brasil em 25 de janeiro. 

 

REFERÊNCIAS

CAMPOS Fernando ,  "Crítica : Anatomia de uma queda" . Plano Crítico

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »