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26/11/2021 às 11h10min - Atualizada em 26/11/2021 às 10h52min

Pix completa 1 ano de operação e recebe novas medidas de segurança

Saiba como evitar cair em golpes pelo serviço durante a Black Friday

Isabella Baliana - labdicasjornalismo.com

Após completar um ano de funcionamento no mercado brasileiro, o sistema de transferência instantâneo Pix, desenvolvido pelo Banco Central, ganha novos mecanismos de segurança, com o objetivo de diminuir os crimes e fraudes utilizando o serviço. As medidas entraram em vigor em 16 de novembro e já podem ser aliadas dos usuários na Black Friday deste ano, momento em que muitas marcas e empresas deverão disponibilizar o Pix como forma de pagamento das compras.

 

Dentre as medidas implementadas estão o bloqueio cautelar e a notificação de infração. A primeira permite que o banco em que se encontra a conta do usuário acione um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude, devendo informar imediatamente a ação ao cliente. 

 

Já a segunda medida determina que as notificações de infração, como transações rejeitadas e devolução de valores, sejam obrigatórias, possibilitando também que os bancos compartilhem chaves Pix e número de contas com demais instituições financeiras, quando houver suspeita de fraude.

 

Outro grande recurso efetivado foi a devolução de valores em caso de fraude ou falha operacional:  por iniciativa própria ou por solicitação do prestador de serviços responsável pelo pagamento, o pagador conta com até 90 dias para requisitar a devolução do valor pago. Além disso, houve a criação de uma nova funcionalidade que torna possível a consulta de informações vinculadas a contas e chaves Pix que possam ser fraudulentas, permitindo, desta forma, que todos os usuários do sistema tenham acesso aos dados e consigam se prevenir.

 

Entretanto, mesmo com a chegada de novos mecanismos de segurança, os consumidores devem ter cuidado com as operações realizadas pelo Pix, uma vez que alguns se aproveitam da facilidade e popularização do sistema de transferência para cometer crimes. Conforme aponta levantamento divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, desde dezembro do ano passado, foram registrados 202 sequestros-relâmpagos em que os bandidos utilizaram o PIX para roubar o dinheiro das vítimas. 

 

Os dados ainda mostram que as ações criminosas envolvendo Pix aumentaram no decorrer dos meses. De dezembro de 2020 a março de 2021, foram registrados 51 boletins de ocorrências sobre crimes do tipo, como o sequestro-relâmpago, porém, entre abril e julho deste ano, o número saltou para 151. 

 

Respondendo por 72% das operações e superando TED, DOC, TEC, boleto e cheque, segundo o Banco Central, o pagamento por Pix já é um dos meios mais utilizados pelos lojistas para o pagamento de compras online, que oferecem até mesmo descontos para quem se utiliza desse serviço. Sendo assim, o que o consumidor e usuário do Pix pode fazer para minimizar seus riscos e evitar fraudes nesta Black Friday? Veja abaixo algumas dicas:

- Usar os canais oficiais do seu banco para realizar transações PIX

Para realizar as transações, sejam pagamentos ou outras, use apenas os canais oficiais do seu banco, pelo app ou site. Evite realizar as operações a partir de links enviados por WhatsApp, e-mail ou SMS, que podem levar a páginas fraudulentas.

- Não fornecer chaves com dados pessoais a desconhecidos

Caso você precise fornecer a chave PIX para alguém totalmente desconhecido, utilize uma chave aleatória em vez de usar o CPF, número de telefone ou e-mail, pois isso dificulta que um possível criminoso tenha acesso a informações pessoais. Utilizar um endereço eletrônico alternativo também é interessante.

- Conferir os dados do recebedor antes de finalizar a operação

Preste atenção aos dados de quem vai receber o valor antes de finalizar a transação. Ao digitar a chave PIX, o sistema exibe partes do CPF/CNPJ e o nome da pessoa ou empresa à qual você está enviando o pagamento. Se alguma informação nesse sentido estiver diferente daquela do recebedor, desconfie. 

- Não usar conexões públicas para transferências

Conexões gratuitas disponíveis em ambientes públicos como shoppings, restaurantes, rodoviárias e aeroportos, podem facilitar o roubo de dados. Por isso, sempre que possível utilize o PIX e outros serviços bancários na sua própria rede móvel ou banda larga fixa.

- Atenção redobrada com QR Code

Ao fazer pagamentos por QR Code, verifique a autenticidade da conta que receberá o valor, pois códigos falsos podem substituir os dados autênticos da loja, além de abrir links suspeitos.

- Identificar lojas confiáveis que aceitam PIX 

Uma boa dica é se prevenir antes de fazer as compras, identificando empresas seguras e confiáveis anteriormente. Na página do Procon-SP, é possível conferir a lista de sites de comércio eletrônico que devem ser evitados.

Cai no golpe. E agora?

Se você foi vítima de golpe relacionado ao PIX, denuncie a situação ao seu banco assim que possível, faça um boletim de ocorrência e guarde todas as provas, como comprovantes, extratos e prints de conversas, se houver. Em alguns casos, se ficar comprovada a fraude, o dinheiro pode ser reembolsado.

 

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