Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
12/04/2023 às 17h48min - Atualizada em 12/04/2023 às 22h36min

TikTok é banido de dispositivos do governo dos EUA por suspeita de espionagem 

Ao contrário das polêmicas envolvendo o compartilhamento de dados de usuários do Facebook, não há provas concretas da suposta espionagem praticada pela ByteDance

Maryana Dorneles - Editada por Nick Santos
TikTok é acusado de espionagem pelo governo dos EUA. Imagem: The Atlantic


O mês de março foi marcado por polêmicas envolvendo o TikTok e países da União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos. Isso porque ordens governamentais determinaram o bloqueio do aplicativo em celulares e/ou dispositivos utilizados por funcionários públicos e autoridades políticas ou de segurança. A suspeita de que a ByteDance, empresa que administra o aplicativo, possui ligações com o governo chinês e pratica espionagem surgiu ainda durante o governo Trump, e se intensificou na atual gestão de Biden, que determinou o banimento do aplicativo nos dispositivos federais. A decisão foi acatada por mais da metade dos estados dos EUA, durante audiência que durou mais de cinco horas. Com isso, outras grandes potências como Canadá, Reino Unido, Nova Zelândia, França e, mais recentemente, a Holanda, também fizeram o mesmo.

O governo americano quer regulamentar o uso do TikTok no país e exige que o aplicativo seja desvinculado da ByteDance. Em depoimento no Congresso dos EUA, o diretor executivo do TikTok, Shou Chew, afirmou que o software não coleta nenhum tipo de informação adicional. “Temos o compromisso de ser muito transparentes com nossos usuários sobre o que coletamos”, declarou. “Não acredito que o que coletamos seja mais do que a maioria dos players do setor”. Especialistas em proteção de dados relacionados ao TikTok concluíram o mesmo que Chew. Contudo, representantes políticos presentes na audiência permaneceram céticos. 


Acesso a dados e a impunidade de Zuckerberg
De acordo com trechos publicados pela CNN Brasil, Shou Chew destacou que as práticas da empresa não diferem de outras multinacionais de tecnologia. Em 2016, por exemplo, o tabloide The New York Times teve acesso a documentos que comprovaram o compartilhamento de dados pessoais dos usuários do Facebook, sem consentimento, para mais de 150 grandes empresas de tecnologia como Amazon, Microsoft e Netflix. Entre os dados acessados, estavam desde informações de contato a mensagens privadas dos usuários. Ainda no mesmo ano, o perfil dos usuários do Facebook havia sido utilizado pela empresa Cambridge Analytics para uma análise política, e influenciaram diretamente a eleição do ex-presidente Donald Trump.


 


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »