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19/08/2019 às 22h42min - Atualizada em 19/08/2019 às 22h42min

The Testaments, livro de Margaret Atwood, será lançado em setembro

A continuação do aclamado The Handmaid’s Tale será lançada em menos de um mês. Mas por que todos deveríamos lê-lo?

Carolina Rodrigues - Editado por Bárbara Miranda
FONTE: Delirium Nerd
Após meses de espera, finalmente a data oficial foi divulgada. No dia 10 de setembro de 2019 será lançado The Testaments, sequel de The Handmaid’s Tale, sucesso tanto como bestseller quanto na televisão.

Na sequência do clássico de 1985, em The Testaments acompanharemos a história 15 anos depois da cena final de Offred. Três mulheres serão as responsáveis por narrar a continuação de The Handmaid’s Tale.

Assim como está descrito no livro, com The Testaments a espera por respostas acabou.

Em anúncio durante novembro do ano passado, Atwood revelou que The Testaments foi inspirado no mundo em que vivemos. Para tirar as dúvidas sobre o que quis dizer, a autora deu detalhes sobre o que pensava ao Los Angeles Times:
“A notícia se tornou muito mais extremada. E quanto a essas pessoas em Ohio que estão dizendo que a maternidade deveria ser obrigatória? Eles ainda não fizeram isso, estão falando sobre isso. Mas quando as pessoas falam sobre coisas assim, sendo da minha idade, lembro-me que Hitler disse tudo em "Mein Kampf" e depois o fez. Se eles tivessem o poder, eles fariam isso. Essas ideias foram tentadas antes. O que eu estou dizendo, claro, é que temos nossos rostos atolados contra a janela de vidro, olhando para o nosso país. Que tipo de coisa farão a seguir? O que vai acontecer a seguir? Eu nunca vi nada parecido. Por um lado, é apenas fascinante e, por outro lado, é bastante chocante”. (tradução por Handmaid's Brasil)

Segundo um levantamento feito pela revista Forbes no final de 2018, The Testaments é um dos dez livros mais aguardados para este ano.

“Como uma sociedade, nós nunca precisamos tanto de Margaret Atwood como hoje”, comentou Becky Hardie, vice-diretora de edição da editora inglesa Chatto & Windus.

Para ela, o final de The Handmaid’s Tale é “um dos finais mais brilhantemente ambíguos da literatura. Eu mal posso esperar para descobrir o que está acontecendo na Gilead de Atwood – e o que isso pode nos dizer sobre nosso próprio tempo”.

Em The Handmaid's Tale acompanhamos a saga de Offrey numa sociedade patriarcal e religiosa, em que as mulheres não têm nenhum direito. A aia, como foi designada, não passa de mero objeto reprodutivo.

Assim como todas as outras mulheres em Gilead, elas não têm voz, direito ou poder.

É assustador.

Por ser considerado uma distopia, Atwood formula possíveis consequências derivadas de comportamentos atuais. O que acontecerá com o mundo se continuarmos a agir como agimos hoje? É aí que entram leituras distopias, premeditando possibilidades futuras para nossas ações presentes.

The Handmaid’s Tale e The Testaments são necessários para nos lembrarmos de que a sociedade foi construída sobre uma base patriarcal. E de que o feminismo é uma luta necessária (sim!) e contínua por direitos iguais entre homens e mulheres.

É preciso reforçar o tipo de mundo em que não gostaríamos de viver. Quanto mais mulheres e homens se unirem em prol da igualdade de gênero, mais distante Gilead permanecerá de nós.

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