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06/08/2020 às 23h03min - Atualizada em 06/08/2020 às 22h43min

Umbrella Academy: a série se encontrou na sua segunda temporada abraçando o humor e ação

Willian Xavier - Editado por Bárbara Miranda

Antes de ler o texto, já vou avisando que contém spoiler da nova temporada.

 

A segunda temporada começa após a viagem do tempo dos irmãos no por conta do apocalipse, que aconteceu no final da primeira. Nesse momento descobrimos que cada irmão cai nos anos 60 mas em momentos diferentes, e último sendo o Five (Aidan Gallagher) que cai no final de 1963, descobrindo que eles também vão provocar o apocalipse lá, então ele volta no tempo para tentar impedir dessa vez.

 

Os novos episódios mostram como cada irmão construiu sua vida nos anos 60 e o cinco indo em busca de cada um para reunir a Umbrella academy e impedir o apocalipse. 

 

Nesse novo ano, a série foge da premissa da primeira temporada que tenta explicar os poderes, a comissão ou os traumas dos protagonista, deixando o ritmo meio lento. Já dessa vez a história aprofunda mais como cada um personagem está vivendo nos 60 e como essa trajetória estão fazendo eles evoluir.

 

Como o caso da Alisson (Raver-Lampman) que se une ao movimento negro afro-americano, indo em busca de reivindicar os diretos civis da população negra, as cenas com o núcleo da personagem sempre são momentos bastante importantes e infelizmente atuais. Outra personagem que também ganhou espaço e abordou um tema polêmico foi a Vanya ( Ellen Page) que tem um relacionamento com Sisy ( Marin Ireland), em um momento que a homossexualidade era visto como um doença. 

 

A série evoluiu muito e o ar sessentista casou bem com a proposta do seriado. Outra ponto positivo desse ano, foi que até que fim a série abraçou a "estranheza" e o humor mais no sense, que veio dos quadrinhos. 

 

Mesmo com essa temporada tendo  10 episódio e contando sete histórias distintas, não fica cansativa e nem monótona como ano anterior, graças a trama criada pelos roteiristas que cada irmão está passando por algo importante, seja vivendo um amor escondido, formando uma seita, lutando contra o racismo ou internado em uma clínica psiquiátrica. 

 

Outro ponto que não deixa a série cansar é por causa dos diálogos rápidos e das tiradas bastante divertida, que acaba transformando cenas bastante expositivas em algo legal de assistir, além de relatar de forma bem realista a relação de amor e ódio entre os irmãos. 

 

A direção dos episódios também estão incríveis com um dinamismo nas cenas e algumas filmagens até um pouco ousadas para uma série de TV, o que também ajuda nesse dinamismo é a trilha sonora que tem desde o sucesso de Bad Guy de Billie Eilish até o clássico Don't Stop Me Now da banda Queen. 

 

As atuações do elenco também continua no mesmo padrão da primeira temporada, conseguindo expressar cada sentimento dos personagens, além de fazer a transição muito rápida de cenas bastante emocionantes para momentos hilários. O destaque dessa temporada foi a interação bastante divertida entre o Luther (Tom Hopper) e o Five (Aidan Gallagher). Outra atuação que chama bastante atenção é a do Klaus ( Robert Sheehan) que em certo momento é possuído por seu irmão Ben ( Justin H. Min) e ele muda totalmente a forma de agir, um dos pontos altos da série sem dúvidas.

 

O único problema dessa foi apresentação de um trio de vilões e irmãos, que começa prometendo ser bastante assustador e que vai da trabalho aos Hargreeves, acaba que eles não conseguem fazer nada de tão importante, só servido no final como Deus Ex Machina para salvar os heróis.

 

Mas tirando esse probleminha, a temporada foi incrível e ótima de maratonar, tendo um ritmo bem legal. A série ficou mais madura e mais interessante no seu novo ano, dando uma respirada em um mercado que está começando a ficar saturado, o de heróis. Além disso a série deixa um gancho gigantesco para uma próxima temporada, a Netflix ainda não renovou mas com o sucesso que a série vem fazendo com público e crítica, acredito que será mais uma franquia do streaming, e eles estão precisando. 



REFERÊNCIA

UMBRELLA ACADEMY. Direção: Amanda Marsalis, Jeremy Webb, Stephen Surjik e Tom Verica. Produção: Jeremy Slater. Produtora: Netflix, 2020.
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