Infelizmente, a série não tinha momento mais certeiro para estrear do que no meio de uma pandemia mundial. Mesmo tendo sido inteiramente gravada antes de qualquer caso de coronavírus, é impossível não assistir e não associar o que os personagens da série e nós, no mundo real, vivemos.
Muito mais que isso, a série abre espaço para as teorias da conspiração e negacionistas que permeiam pelos grupos de Whatsapp mundo afora. E se tudo o que nós vivemos hoje já tivesse sido previsto por alguém? E se esse alguém deixou pistas escondidas nas páginas de uma, velha e perdida, história em quadrinho? E se esse vírus que ameaça a humanidade fosse criado por uma multinacional? Qual é o real motivo para esse vírus ser criado? Esses tipos de teorias que dão ótimos enredos para a ficção, somadas ao nosso atual momento fazem o roteiro de Utopia ser, ao mesmo tempo, tão cativante e tão assustadoramente familiar.
Produzida por Gillian Flynn, autora de Garota Exemplar, a série é repleta de mistérios, reviravoltas e muita violência gráfica. No elenco, temos nomes de peso como John Cusack (Quero Ser John Malkovich), Jessica Rothe (A Morte Te dá Parabéns), Rainn Wilson (The Office) e Sasha Lane (Hellboy).
Mas mesmo com tantas coisas legais e atrativas, a Amazon anunciou, um mês depois da estréia da primeira temporada, o cancelamento da série.
É aí que voltamos para a pergunta do começo “O que Utopia não fez, para merecer seu lugar no mundo?”. De acordo com a Amazon, a série não teve, nem de perto, o público que era esperado. Se entrarmos no site Rotten Tomatoes, que avalia filmes e séries tanto com notas de críticos quanto com notas da audiência, vamos encontrar uma nota mediana dos críticos, e do público...bem...nenhuma. A série nem sequer teve avaliações suficientes para que uma nota da audiência pudesse ser calculada (até o momento da publicação).
REFERÊNCIAS
VICTOR, Marco. “Utopia | Saiba tudo sobre a nova série do Amazon Prime”. Jornada Geek, 2020. Disponível em: <https://www.jornadageek.com.br/novidades/utopia-tudo-sobre-a-serie/>. Acesso em 03 de dezembro de 2020.