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08/05/2021 às 21h12min - Atualizada em 08/05/2021 às 21h50min

Vale a pena assistir O Homem do Castelo Alto?

Série do Amazon Prime Video aborda uma realidade alternativa do final da Segunda Guerra Mundial

Joérica Cunha - Editado por Fernanda Simplicio
Fonte: Amazon Prime Video | Reprodução: Google
A série original do Amazon Prime Video, The Man in the High Castle (O Homem do Castelo Alto), baseada no livro homônimo de Philip K. Dick, foi lançada em 2015, e possui 4 temporadas. A série é uma distopia política, ambientada em 1962, e apresenta a realidade alternativa onde a Segunda Guerra Mundial é vencida pelo Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e os Estados Unidos passa a ser liderado pela Alemanha Nazista.

A trama apresenta personagens divididos entre viver no leste dominado pela Alemanha Nazista, e o oeste sob influência do Japão Imperial, tornando-se os Estados Japoneses do Pacífico, ou em uma zona neutra. A história envolve as conspirações que ocorrem entre as duas grandes potências que emergiram após a Segunda Guerra Mundial, os agentes duplos infiltrados nas organizações e a luta da resistência para coletar e divulgar cópias de um filme que mostra uma versão diferente do fim da guerra, que foram produzidas pelo homem do castelo alto.


Um dos pontos altos da produção é o forte simbolismo, que traz uma presença constante e quase onipresente de símbolos e gestos que referem-se ao nazismo, como a saudação com o braço estendido à frente, e a suástica, que pode ser vista nas faixas nos braços e nos móveis das casas. A estrela de Davi, símbolo judaico, também aparece com uma certa frequência simbolizando a resistência ao sistema dominante.

A resistência também é bem apresentada no decorrer das temporadas. Na primeira temporada, os grupos de resistência enfatizados são apenas os dos americanos nativos, que perderam a guerra e agora são subjugados pelos vencedores, mas com o passar das temporadas os judeus e negros passam a ter uma apresentação mais recorrente como oposição ao governo instaurado.

A série traz uma grande representação feminina, apresentando mulheres brancas, negras, asiáticas e LGBTQ+, em todas as sub tramas da série, mas se perdem ao terem pouco tempo para desenvolver essas personagens, e ainda assim, as que recebem mais tempo de tela não são representadas adequadamente, muita das vezes reproduzindo estereótipos, e resumindo a participação da protagonista feminina em interesses amorosos. O fato da série ter sido produzida por uma mulher não foi o suficiente para aumentar a representatividade.



Frank Spotnitz (Arquivo X) foi o responsável por levar a primeira temporada da ficção escrita para as telas, e após a sua saída, as temporadas seguintes foi passada para Isa Dick Hackett, filha do próprio Phillip K. Dick.

No geral, a série entrega um bom enredo, que gera o interesse em acompanhar a história e a comoção com as reviravoltas. O personagens são bem construídos, carismáticos e nos leva a criar uma identificação. A ambientação da série, apresentando os diferentes modos de vida, os contrastes entre os alemães e japoneses, e o crescimento do grupos de rebeldes, são o que mais se destacam na abordagem da série, que apesar de alguns tropeços no decorrer das temporadas, consegue mesclar o clima de romance histórico com pitadas de fantasia, o que faz valer a pena cada minuto assistido.

Referências:
GREGIO, Daniel. The Man in The High Castle – Vale a pena assistir. POPSFERA, 05 de out. 2020. Disponível em: < https://www.popsfera.com.br/the-man-in-the-high-castle/ >. Acesso em: 04 de mai. de 2021.

5 motivos para ver ‘The Man in the High Castle’. GUIA DA SEMANA, 21 de jan. 2021. Disponível em: < https://www.guiadasemana.com.br/filmes-e-series/galeria/motivos-para-ver-a-serie-the-man-in-the-high-castle >.  Acesso em 04 de mai. de 2021.

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