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18/05/2021 às 20h50min - Atualizada em 18/05/2021 às 20h36min

Crítica: Oxigênio, filme de 2021, surge no momento certo

O longa-metragem passa um ar claustrofóbico e reflete o isolamento atual

Luhê Ramos - Editado por Letícia Agata
Capa de anúncio do filme | Netflix
No filme Oxigênio, uma mulher acorda dentro de uma cabine de criogenia com uma porcentagem reduzida de ar. Ela percebe que está confinada e, incialmente, só consegue contato com a inteligência artificial MILO. Ela não lembra quem é, quem foi e o que a levou àquele lugar. O original Netflix é um suspense de ficção científica francês de 2021 e lembra o momento em que passamos de isolamento da sociedade. 
 
Na trama, a personagem interpretada por Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios) demora mas, com a ajuda de MILO, descobre que se chama Elisabeth. Ela tenta, então, descobrir porque está ali e como sair da cabine. Simultaneamente, o tempo continua a passar e a oxigenação interna da câmara diminui cada vez mais. A sensação de claustrofobia é passada com êxito pelo diretor Alexandre Aja e pela roteirista Christie LeBlanc


 
Graças à inteligência artificial, Elisabeth consegue obter contato com pessoas fora da cabine. Com isso, ao longo do suspense nós descobrimos, junto à Elisabeth, que ela faz parte de um projeto e que, na verdade, ela foi a pessoa que criou e se inscreveu nele. Antes de entrar na cabine Liz, era uma cientista estudiosa na área da criogenia. 

Oxigênio é um filme completo e faz muito bem aquilo a que se propõe. Retrata a claustrofobia e nos faz relacionar ao momento de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. Apesar de se passar em apenas um ambiente, a direção não deixa a desejar. Afinal, conseguimos ver todas as partes da cabine de criogenia. Além disso, a dinamicidade e os movimentos de câmera presentes do longa ajudam o telespectador a entender os sentimentos de Liz. 
 
Por sua vez, Mélanie Laurent cumpre as expectativas para um filme do gênero. Apesar de no início do filme acharmos que não seria exigido muito de sua atuação, ao longo dele percebemos a necessidade de uma variação equilibrada de sensações e emoções. Mélanie consegue fazer com louvor o que é pedido pela trama. Aquilo que é necessário da atriz é mostrado e executado da melhor forma para construir a história e criar uma sensação de desespero em quem assiste. 
 
Assim, nos daparamos com um filme completo, com atuação equlibrada e trama que se encaixa exatamente no momento em que estreia: no meio de uma pandemia, onde precisamos nos isolar e permanecer em um mesmo lugar. Alexandre Aja e Christie LeBlanc acertaram em lançar o longa neste momento. 

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