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02/08/2021 às 16h35min - Atualizada em 02/08/2021 às 16h30min

Museu da Língua Portuguesa reabre seis anos após incêndio

Com conteúdo renovado e mais segurança, o Museu da Língua Portuguesa reabriu suas portas ao público para visitação presencial

Cesar Fontenelle - Editado por Maria Paula Ramos
Foto: Ana Mello
Na semana em que a Cinemateca brasileira ardeu em chamas, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, foi reinaugurado no sábado (31), após incêndio de grandes proporções que o destruiu em 2015.
 
O evento contou com a presença dos presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo e Souza, e de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca. Além de representantes e embaixadores de Moçambique e Angola. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não esteve presente e não enviou nenhum representante.
 
Ainda estiveram presentes os ex-presidentes Fernando Henrique Cardozo e Michel Temer, ambos discursaram. O governador João Dória (PSDB) fez discurso ressaltando a importância do Museu para o Brasil e todos os países falantes do português.
 
“São Paulo é o retrato e o espelho do Brasil. Não há lugar melhor para ter um Museu da Língua Portuguesa. Aqui estão as maiores colônias portuguesas de todo mundo, as influências de todas as origens vieram para cá ao longo dos anos, e também brasileiros de todas as origens”, afirmou o Governador.
 
Em suas redes sociais, João Dória chamou a população para visitar o novo espaço. “É gratificante ver esse projeto grandioso saindo do papel. É o resgate da nossa história, da nossa cultura. Venham visitar o Novo Museu da Língua Portuguesa”, publicou.
 
As obras começaram em 2017 e foram divididas em três fases: restauro do interior e das fachadas; reconstrução da cobertura destruída no incêndio; e intervenções de ampliação e melhoria. A partir de 2019, foi realizada a implantação do conteúdo e das experiências, assim como a iluminação externa e a contratação da equipe.

A reconstrução do Museu foi uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Fundação Roberto Marinho e teve como patrocinador a EDP; como patrocinadores Grupo Globo, Grupo Itaú e Sabesp; e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela sua gestão.

O Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado, Sérgio Sá Leitão destacou que “a cena cultural de São Paulo e do Brasil está em júbilo com a reabertura do Museu, esta que é a segunda maior obra cultural hoje no Brasil. A primeira também está em SP, o restauro e ampliação do Museu do Ipiranga”.
 
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, também esteve presente e ressaltou a importância do Museu para a maior cidade do país. “A cidade de São Paulo é a cidade no mundo onde mais há falantes da língua portuguesa, uma cidade que tem uma relação muito forte com a língua. Estamos muito felizes”, disse.
 
Novidades
 
O Museu conta nesta nova fase com experiências inéditas, como as novas instalações “Línguas do Mundo”, “Falares” e “Nós da Língua Portuguesa”. No térreo, a edificação foi aberta à estação, com o objetivo de estreitar a comunicação entre o espaço cultural e o público.
Nos andares superiores, os visitantes encontrarão mais salas.
 
No terceiro piso, foi construído um terraço aos pés da Torre do Relógio, que proporciona uma das mais belas vistas da capital paulista. Este espaço é dedicado ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu em maio deste ano. Por fim, a concepção de um Centro de Referência da Língua Portuguesa, com a proposta de funcionar como um fórum de estudos e pesquisas e um território de aproximação entre os países lusófonos.
 
Mais segurança
 
Em 2015, além do incêndio ter destruído o local, o bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, que trabalhava no Museu como brigadista, morreu após tentar apagar o início do incêndio.

A reconstrução incorporou melhorias de infraestrutura e segurança, especialmente contra incêndios. Entre as novas medidas, está a instalação de chuveiros automáticos para reforçar o sistema de segurança contra incêndio. No caso do Museu, os chuveiros não são uma exigência legal, mas foram uma recomendação dos bombeiros para trazer mais segurança ao projeto, declarou o Estado de São Paulo por meio de nota.
 
O espaço foi concebido também com recursos de acessibilidade física e de conteúdo. O Museu reabre com Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que garante a segurança para todos os usuários da Estação.
 
 
ONDE: Estação da Luz, Praça da Luz, s/nº, Portão 1, Centro, São Paulo – SP
HORÁRIOS: De terça a domingo. Das 9h às 16h30 (permanência permitida até 18h)
INGRESSO: Inteira – R$ 20,00
Meia-entrada – R$ 10,00
Grátis aos sábados
Crianças até 7 anos não pagam
ONDE COMPRAR: Aqui


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