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14/08/2021 às 18h10min - Atualizada em 14/08/2021 às 18h46min

O Esquadrão Suicida entrega tudo que queremos com bastante sangue

Bruno Cunha - Editado por Fernanda Simplicio
Em uma nova versão do Esquadrão Suicida, enfim podemos perceber como a equipe disfuncional dos quadrinhos, com uma adaptação certeira.

David Ayer trouxe a primeira versão do Esquadrão Suicida em 2016, porém o longa recebeu um grande massacre da crítica e do público, muito pela sexualização dos personagens e a falta de tom, já que ele ele tem dificuldade de transitar entre um filme de ação e quadrinhos, mesmo astros como Margot RobbieWill Smith e Viola Davis não foram suficientes para salvar o longa do fracasso.

Mesmo situado dentro do universo do universo da DC Comics no cinema, o longa foi esquecido, nem mesmo uma possível versão do diretor foi suficiente para dar uma sobrevida ao Esquadrão. Algum tempo depois, após um problema entre James Gunn e Marvel, o diretor ficou ‘disponível’ no mercado e a Warner entendeu que uma nova visão poderia ser a solução ao infame grupo. E ela funciona. Assim como a visão de Zack Snyder nos esquecer a versão de Joss WhedonJames Gunn (Guardiões da Galáxia) nos faz esquecer que essa versão um dia foi feita.



O novo longa começa onde o original parou, sem se preocupar com o que a DC construiu até então, não espere referências a Batman Vs Superman e a própria Liga. Entenda este filme como uma sequência imediata. Isso inclusive fica claro pelas personalidades da equipe anterior, o  visual é o mesmo e as personalidades são idênticas, parece que passou meses entre um filme e outro, não anos.

James Gunn entende o material que têm em mãos, de uma equipe que fará de tudo para cumprir seu objetivo, do jeito mais improvável possível, se não a cabeça explode. Ele imprime na tela a dinâmica da equipe, dela ser estranha a sua forma e cada um ter sua escolha na hora da batalha.

Essa diversidades também passam pela melhoras de informações dadas ao atores, Viola Davis (Waller) ganha cenas mais duras para dar ainda mais imposição de corpo e mentalidade, Joel Kinnaman (Rick Flag) consegue enfim imprimir alguma alma a seu soldado de elite, que transita entre o certo e errado. E Margot Robbie nos dá mais motivos dela ser a intérprete certa para Arlequina.

Os outros personagens recebem um tratamento de roteiro interessante, já que eles não possuem o mesmo tempo de tela, o roteiro do próprio Gunn busca trazer personalidade cada um, há o responsável por nos fazer rir, de ser o elo emocional, de ser obrigado a ser o líder da equipe em momentos trágicos e até mesmo quem nós imaginávamos ser algo restrito, como o Tubarão-Rei (Stallone) que ficaria restrito a ser o tanque da equipe, tem cenas de drama e de comédia.



O balanceamento de Gunn para tantos personagens, cenas e atos é um dos grandes destaques do filme, ele divide bem as narrativas, o tempo de cada um a dá a todos a chance de mostrar seu personagem na telona, claro que há alguns que tem mais tempo que outros, mas está tudo bem. 

Outra característica do diretor é vista aqui, dele buscar trilhas específicas para cada momento, até mesmo músicas brasileiras estão no filme, por causa das características latinas que o longa possui, uma delas inclusive é executada quase que completa. Essa escolha de buscar a música certa ao invés de trazer um trilha clássica ou feita para o filme se tornou uma marca do diretor.   

O tomo do filme é diferente do anterior, aqui ele recebe uma tom mais adulto por causa das suas cenas de ação, sanguinolência e brutalidade. em um filme do Esquadrão Suicida isso faz sentido e se mostra correto, principalmente nos momentos da equipe, em que um deles pode morrer a qualquer momento. Ao contrário do primeiro, este aqui consegue trazer uma aura de ‘ninguém está seguro’ em todas as cenas. 



E este excesso de sangue e violência não é uma desculpa para fazer um filme adulto baseado em super heróis, há motivos para tudo ocorrer, até mesmo uma morte como desmembramento tem uma razão para ocorrer. Mesmo com tom elevado e diferente do primeiro filme, tudo aqui tem um momento para ocorrer.

Temos enfim uma versão para chamar de definitiva de Esquadrão Suicida e que que venham mais por aí, afinal a equipe estranha da DC Comics merece mais incursões na telona depois deste filme.

REFERÊNCIAS

SIQUEIRA, T 
O Esquadrão Suicida (2021): James Gunn sem amarras. CINEMA COM RAPADURA. 05. de ago. 2021. Disponível: < https://cinemacomrapadura.com.br/criticas/602428/critica-o-esquadrao-suicida-2021-james-gunn-sem-amarras/ >. Acesso em 10 de ago. 2021.

AMARAL, T. Crítica | O Esquadrão Suicida. O CAPACITOR 09. de ago. 2021. Disponível em: < https://ocapacitor.com/critica-o-esquadrao-suicida/ >. Acesso em 10 de ago. 2021.

 

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