As décadas de 1980 e 1990 foram marcantes para o gênero de terror. Franquias como “A hora do pesadelo” (1984), “Sexta-feira 13” (1980) e “Pânico” (1996) ganharam uma base de fãs gigantesca e até hoje rendem muito em produtos e conteúdo. Os chamados slasher movie, subgênero do terror que retrata ondas de assassinato comandadas por um psicopata foi muito importante nessa década e até hoje causa impacto na cultura pop. E, para a alegria dos fãs e tristeza das vítimas uma dessas franquias acaba de ganhar mais um capítulo.
“O brinquedo assassino“(1988) é um clássico do terror que conta a história do boneco Chucky, que após receber o espírito de um criminoso passa a aterrorizar a vida de todos que cruzam seu caminho. Após o sucesso do primeiro filme, a franquia recebeu mais seis capítulos ao longo dos anos além de um reboot em 2019.
Agora, 33 anos após o primeiro filme, o boneco assassino está de volta, dessa vez na série “Chucky” exibida nos EUA pelos canais Syfy e USA Network, desde 12 de outubro. O novo capítulo da história irá contar os problemas e homicídios que irão atormentar uma pequena cidade após o boneco ser encontrado em uma venda de garagem.
A nova série é continuação da franquia original e contará com nomes bem conhecidos dos fãs como Jennifer Tilly (O Mentiroso) que volta a interpretar Tiffany e Alex Vincent (O brinquedo Assassino) que retorna como Andy. Brad Dourif (O Senhor dos Anéis), a voz original por trás de Chucky, também está de volta. O roteiro fica a cargo de Don Mancini, criador do personagem, que também dirige um dos episódios. O próprio Mancini já adiantou em entrevista ao TV Line que irá aproveitar a série para desenvolver melhor os personagens. “No formato de série, nós temos mais tempo para desenvolver esses personagens. Nós temos a chance de conhecê-los como seres humanos, de uma forma muito mais profunda do que um filme de 90 minutos”. relatou.
Crítica social
Mancini também contou sobre como a nova série irá abordar questões ligadas ao público LGBTQIA+. Para quem não se lembra em “O Filho de Chucky” (2004), Glen (Billy Boyd), filho do brinquedo assassino e Tiffany, se revela gênero fluído assumindo em determinados momentos o alter-ego, Glenda, algo que gera estranhamento em Chucky no primeiro momento, porém logo após o pai declara apoio ao filho. “É interessante fazer uma crítica social [sobre sexualidade], principalmente por fazermos isso através da perspectiva de um ícone do gênero como o Chucky. Ele enfrentou dificuldades com seu filho de gênero-fluido em ‘O Filho de Chucky’, mas, ao final da história, ele o aceita. Chucky está em uma boa posição para se tornar um aparente aliado do Jake”, contou. Para Don, o personagem é livre de quaisquer preconceitos. Chucky não é homofóbico ou racista, ele é apenas um psicopata que não discrimina. Ele vai matar todo mundo”, concluiu.
“Chucky” estreia no Brasil em 27 de outubro na plataforma Star+.