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20/06/2019 às 18h27min - Atualizada em 20/06/2019 às 18h27min

O sucesso da Xiaomi e o retorno da empresa no Brasil

A história do “Steve Jobs Chinês” e o impacto no mercado internacional

Pedro Dias - Geek
Arte:Site/Fortune
A empresa Xiaomi foi fundada em 2010 pelo “Steve Jobs Chinês”, Lei Jun, dono da maior companhia de telefonia móvel da China. Eleito como o empresário do ano em 2014, Lei Jun possui uma fortuna de mais de 9 bilhões de dólares e é o nono homem mais rico da China. A Xiaomi é a terceira maior empresa de vendas de smartphones no mundo, perdendo apenas pela Apple e Samsung.


(Na foto, Lei Jun) Fonte: Fortune 

A volta da empresa chinesa ao mercado brasileiro, especificamente, no ramo de celulares tem agradado aos consumidores brasileiros. Através de investimentos em startups, a companhia consegue manter uma oferta diversificada nos seus produtos como patinetes, relógios e celulares capazes de igualar os seus principais concorrentes: Apple e Samsung. O grande exemplo disso é a loja inaugurada, pela Xiaomi, na cidade de São Paulo.
 
 
 
 
História
Fonte: 4GNews 

Com o seu surgimento em 2010, o foco da empresa Xiaomi era apenas de celulares. No mesmo ano, a companhia lançou a primeira interface, MIUI, usada em celulares Android. Em 2011, o primeiro smartphone, Mi 1, é lançado. Naquela época, segundo informações do site Info Money, o aparelho custava apenas US$ 18 e a pré-venda chegou a 300 mil pedidos em apenas 30 horas.
 
Depois do celular ter sido elogiado pela sua qualidade e acessibilidade, o empresário Lei Jun disse que a sua maior inspiração era Apple. Sendo assim, ele passou a ser chamado de “Steve Jobs da Ásia”. E também, por se vestir igual ao Steve Jobs.
 
O Sucesso
Fonte: Mais Goiás

Em apenas três anos, a Xiaomi tinha dado um salto gigantesco, e para isso, um brasileiro ajudou nessa conquista. No ano de 2013, Hugo Barra tinha sido contratado pela empresa Xiaomi, anteriormente, trabalhava na Google como líder de desenvolvimento de Android. Desde então, começou um rápido processo de expansão, com início das operações fora da China, novos celulares surgiram, principalmente, da série Redmi.
 
Em 2014, a Xiaomi conquistou o terceiro lugar no mundo na fabricação de celulares, com valor de mercado de US$46 bilhões. Na mesma época, bateu o recorde de celulares vendidos em 24 horas:  1,16 milhões. No ano seguinte, quebrou o próprio recorde ao vender 2,11 milhões de unidades, segundo informações do site Info Money.
 
Depois da expansão dos negócios, a Xiaomi comprou o domínio “mi.com” por US$ 3,6 milhões e também iniciou uma produção de conteúdos para smar TVs. Novas operações surgiram em outros países, incluindo, o Brasil. Após o sucesso e o rápido crescimento das vendas, a empresa tinha perdido o controle e os números fracos a partir de 2016 quase levaram o fim da Xiaomi.
 
Crise
Fonte: Foregon

Em 2016, foi marcado por uma queda forte nas vendas, deixando a Xiaomi do primeiro para o quinto lugar nas fabricantes chinesas. Com a crise, a companhia se retirou de vários países, incluindo, o Brasil. O maior problema diagnosticado pela empresa foi a sua dependência de vendas on-line, principalmente, na China, a companhia não conseguiu impactar os chineses pela falta numerosa de lojas físicas no país. Até mesmo, moradores de cidades pequenas, áreas rurais e pessoas com pouco conhecimento tecnológico.
 
Após a sua redução nas operações, a Xiaomi precisava criar um novo modelo de negócios, ou seja, expandir o catálogo dos seus produtos. O objetivo deles eram fornecer produtos domésticos e de tecnologia conectados à internet com a ideia de atrair os clientes até às lojas físicas. Com isso, investindo nas empresas para fabricarem estes dispositivos, fazendo apenas o investimento e deixando que os outros fabriquem. Oferecendo apoio, acesso aos profissionais e uma participação entre 10% e 20% no lucro dos produtos.

O Ressurgimento
Fonte: Financial Times

A Xiaomi obteve lucro de US$ 275,59 milhões em 2017 entre os meses de outubro a dezembro. Nessa mesma época, em 2018, a empresa lucrou três vezes sobre esse valor, obtendo como lucro, US$ 1,2 bilhão. A receita avançou 27%, a US$ 6,6 bilhões, enquanto no ano de 2018, a arrecadação foi de US$ 26 bilhões. O segredo está nos “xiaominions”, a legião de fãs que a Xiaomi criou nos anos anteriores para aproximar laços com os seus usuários.
 
O retorno ao Brasil
Fonte: Olhar Digital 

Depois da crise, a Xiaomi volta a expandir os seus negócios, o que marca o retorno das operações no Brasil. A empresa inaugura sua loja física no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, e lança no seu site para venda on-line, em parceria com a DL – distribuidora oficial da companhia e responsável pelo pós-venda dos produtos e suporte técnico especializado. O retorno era aguardado pelos brasileiros há tempos. Até então, criaram hábitos de comprar em sites de importação para conseguir o acesso aos produtos da Xiaomi mesmo correndo riscos dos altos impostos no Brasil.
 
O “Made in China” nunca foi respeitado como antes, pela qualidade e acessibilidade.  
 
O segredo do sucesso da Xiaomi: diversificar ao máximo. 2019. Disponível em <https://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/8351056/o-segredo-do-sucesso-da-xiaomi-diversificar-ao-maximo>  Acessado em 20. junho. 2019
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