Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
21/06/2019 às 14h37min - Atualizada em 21/06/2019 às 14h37min

O mercado de trabalho para o jornalismo geek

Falamos com o jornalista e crítico de cinema Thiago Romariz sobre o assunto

Jordana Rodrigues
Site Porão da Música
Quem nunca quis participar de uma cabine de imprensa de uma super estreia de cinema para escrever uma crítica? Ou cobrir eventos relacionados a filmes e séries? O jornalismo cultural cada dia ronda mais a cabeça de jovens estudantes e profissionais da comunicação, com a ideia de trabalhar com a sétima arte e muitos outros temas relacionados com o meio geek.

No Brasil, o Jornalismo Cultural ganhou força no final do século 19, com o boom de escritores nacionais. Críticas, reportagens especiais e entrevistas foram adicionadas ao jornalismo, que tomaram as páginas de revistas. Com a explosão da internet em 1995, um leque de oportunidades para profissionais da comunicação foi aberto para o mercado. Blogs, sites e canais ganharam adeptos e um público fiel, afim de ler e ver sobre cinema, músicas e séries.
Diversos eventos, sites e canais no YouTube, movimentam hoje o ramo. Mas como é trabalhar nesta área e como conseguir adentrar em um mercado que está se tornando cada vez mais competitivo? Para responder estas perguntas, batemos um papo com o jornalista, youtuber e crítico de cinema, Thiago Romariz, que falou sobre a área, carreira e portfólio.

Jordana Rodrigues: Por que você escolheu jornalismo e a área geek? Ainda há espaço para quem deseja ingressar no mercado geek?
Thiago Romariz: Sempre gostei de contar e ouvir histórias. Meu pai e avô me influenciaram muito a ler. Escolhi comunicação por ter essa dinâmica de trocar de editoria. Em relação ao mercado geek, sempre escrevi em blogs, então me mudei para São Paulo c
om a vontade de trabalhar no Omelete ou na ESPN. Mandei meu currículo para o Omelete, que me chamaram para uma entrevista e um teste. Deu certo e fiquei lá cerca de 7/8 anos.

JR: Hoje em dia, existem vários canais e sites com o conteúdo geek. Ainda existe espaço para quem deseja entrar?
TR: Sim, claro. Sempre vai ter
espaço para quem deseja contar uma história.

JR: Você indica algum curso específico ou pós-graduação para quem quer trabalhar com este mercado?
TR: São legais os cursos de comunicação, mas é interessante estudar marketing e design para saber um pouco sobre a experiência do usuário, porque para quem trabalha nesta área, é importante saber e escutar o público por meio de feedback. É necessário entender, analisar dados e explorar os formatos disponíveis de forma profunda, para saber como as pessoas reagem e consomem conteúdo.

JR: Qual foi a experiência que mais marcou você nesse tempo que você ficou no Omelete?
TR: Ah, contar histórias da forma que contei, com a estrutura que me ofereceram foi algo que me marcou, mas produzir alguns conteúdos, como os documentários de Game of Thornes e Vingadores foram também inesquecíveis.

JR: Que dica você dá para quem quer começar na área?
TR:  Escrever, editar, gravar é essencial. Tudo que se tornar experiência é válido para quem quer trabalhar na área geek. E não ter medo de errar, já que é com o erro que acertamos.
 
REFERÊNCIAS

BALLERINI. Franthiesco. O mercado de trabalho para o jornalismo cultural. Disponível em <http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/o-mercado-de-trabalho-para-o-jornalismo-cultural/>. Acesso em: 12 de junho de 2019.
 
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »