Em meio a infinidade de livros existentes no mundo, há aqueles indispensáveis para todos os amantes de literatura. Pensando nisso, o jornal britânico The Telegraph selecionou clássicos de variados gêneros, que vão desde Fiódor Dostoiévski a Sir Arthur Conan Doyle, para compor a lista “100 livros para ler antes de morrer”.
Confira abaixo as obras selecionadas:
1. Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana, de George Eliot
Considerado a obra-prima de Eliot, o livro é um estudo de todas as classes da sociedade na cidade de Middlemarch, desde a pequena nobreza e o clero, aos fabricantes e profissionais, fazendeiros e trabalhadores. O foco, no entanto, está no idealismo frustrado de seus dois personagens principais, Dorothea Brooke e Tertius Lydgate, os quais se casaram desastrosamente.
2. Moby Dick, de Herman Melville
O livro traz o relato de um marinheiro letrado, Ishmael, sobre a última viagem de um navio baleeiro de Nantucket, o Pequod, que parte da costa leste dos Estados Unidos - com sua tripulação multiétnica - rumo ao Pacífico Sul, onde encontra o imenso cachalote branco que, no passado, arrancara a perna do vingativo capitão Ahab.
3. Anna Kariênina, de Liev Tolstói
Religião, família, política e classe social são postas à prova no trágico percurso traçado por uma aristocrata casada que, ao se envolver em um caso extraconjugal, experimenta as virtudes e as agruras de um amor profundamente conflituoso, “feito de sombra e de luz”.
4. Retrato de Uma Senhora, de Henry James
Com uma narrativa que, astuciosamente, começa lenta, quase contemplativa, e aos poucos se acelera, ganhando dramaticidade, Henry James constrói sua história como um jogo em que cada coisa se transmuta em seu oposto: liberdade em destino, afeto em traição, pureza em artimanha, tendo como personagem principal uma heroína singular, cuja carência essencial é de outra ordem.
5. Coração das Trevas, Joseph Conrad
A trama acompanha o mergulho do protagonista Marlowe pelos meandros da selva africana e das perversões mais profundas do projeto de exploração colonial. A missão de Marlowe é resgatar Kurtz, um comprador de marfim cujos métodos acabam por se revelar inadequados para a empresa mercantil que o contratou.
6. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
Dividida em sete volumes, Em Busca do Tempo Perdido é um vasto projeto narrativo que destrincha minuciosamente a vida do autor, Marcel Proust, ao longo de diferentes etapas. Proust recria uma série de personagens e ambientes de sua época, baseando-se em uma concepção de memória relacionada com uma visão filosófica do tempo, na qual as recordações podem pôr no mesmo plano o passado e o presente.
7. Jane Eyre, de Charlotte Brontë
Quebrando paradigmas e criticando a realidade vitoriana da época, Jane Eyre desafia o destino imposto às mulheres e as posições sociais que elas deveriam ocupar. Recheado de características góticas, o romance possui personagens inesquecíveis e transformadores, como a figura do misterioso Rochester, patrão de Jane e peça vital da narrativa.
8. Desonra, de J. M. Coetzee
Com personagens vivos, com um ritmo narrativo que magnetiza o leitor, Desonra investiga as relações entre as classes, os sexos, as raças, tratando dos choques entre um passado de exploração e um presente de acerto de contas, entre uma cultura humanista e uma situação social explosiva.
9. Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
A obra narra um único dia da vida da famosa protagonista Clarissa Dalloway, que percorre as ruas de Londres dos anos 1920 cuidando dos preparativos para a festa que realizará no mesmo dia à noite. Pioneiro na exploração do inconsciente humano por meio do fluxo de consciência, Mrs. Dalloway se consagrou tanto pelo experimentalismo linguístico quanto pelo retrato preciso das transformações da Inglaterra do período entre guerras.
10. Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
Nesta obra, o protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura de romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria.
11. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
Na trama, aspectos diferentes são abordados: orgulho encontra preconceito, ascendência social confronta desprezo social, equívocos e julgamentos antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. O livro pode ser considerado a obra-prima da escritora, que equilibra comédia com seriedade, observação meticulosa das atitudes humanas e sua ironia refinada.
12. Robinson Crusoé, de Daniel Defoe
Isolado em uma ilha após um trágico naufrágio, o marujo inglês luta pela sobrevivência valendo-se de todos os escassos meios a seu alcance. Sem contato com qualquer ser humano por mais de duas décadas, certo dia Crusoé salva um nativo do assassinato por canibais que haviam aportado numa das praias da ilha, e logo o faz seu criado. Alguns anos mais tarde, o acaso leva um navio inglês às proximidades da ilha, dando início a um longo conflito com a tripulação amotinada.
13. David Copperfield, de Charles Dickens
O romance é o mais autobiográfico do autor. Dickens usa incidentes de sua vida para criar um enredo. O romance é uma crítica social de Dickens a uma sociedade vitoriana que tinha muito poucas salvaguardas contra os maus-tratos aos pobres e, em particular, nos seus centros industriais.
14. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë
A obra retrata uma trágica história de amor e obsessão, em que os personagens principais são a obstinada e geniosa Catherine Earnshaw e seu irmão adotivo, Heathcliff. Grosseiro, humilhado e rejeitado, ele guarda apenas rancor no coração, mas tem com Catherine um relacionamento marcado por amor e, ao mesmo tempo, ódio. Essa ligação perdura mesmo com o casamento de Catherine com Edgar Linton.
15. O Código dos Wooster, de P. G. Wodehouse
E eis que, depois de Época de Acasalamento, regressamos ao universo de Bertie Wooster e Jeeves, cavalheiro e mordomo. Desta vez, porém, toda a argúcia de Jeeves estará concentrada em resolver um terrível caso que envolverá uma nateira do século dezoito em forma de vaca e um livrinho de apontamentos com capa de couro. Isto, claro, se a cândida Madeline Bassett, o enorme Roderick e as mandíbulas do cão Bartolomeu o permitirem.
16. O Condenado, de Graham Greene
Entre corridas de cavalos, apostas ilegais, crimes e drinks nos bares da ensolarada Brighton, Pinkie Brown – de apenas dezessete anos – assume a chefia de um grupo de contraventores. Sem qualquer talento para a malandragem, Pinkie comete uma sequência de crimes na tentativa de encobrir um assassinato. Tudo isso enquanto busca o respeito de seus comparsas e da máfia.
17. Tess dos D’Urbervilles, de Thomas Hardy
Em meio às rápidas mudanças econômicas e sociais que sacudiram o século XIX, a Inglaterra rural representa a distância entre tradição e modernidade. Após ser informado de um possível parentesco com os aristocratas D’Urbervilles, o camponês John Durbeyfield envia sua filha, a jovem Tess, para trabalhar com a nobre família. Dividida entre sua posição social e suas aspirações, Tess descobrirá que o mundo pode ser terrivelmente hostil, especialmente para uma donzela.
18. Scoop, de Evelyn Waugh
O que pode acontecer quando The Beast, importante jornal londrino, manda como correspondente de guerra para um obscuro país africano o sr. Boot, um ingênuo aristocrata interiorano, especialista em descrever bucólicas cenas campestres? Desse pequeno engano decorre uma comédia de equívocos que culmina num inesperado furo de reportagem. E a partir desse erro Evelyn Waugh monta um romance, onde o absurdo se torna rotina e o mundo do jornalismo é ridicularizado.
19. A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells
Eles vieram do espaço. Eles vieram de Marte. Com tripés biomecânicos gigantes, querem conquistar a Terra e manter os humanos como escravos. Nenhuma tecnologia terrestre parece ser capaz de conter a expansão do terror pelo planeta. É o começo da guerra mais importante da história. Como a humanidade poderá resistir à investida de um potencial bélico tão superior?
20. A Vida e As Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne
Faltam algumas páginas no volume IV deste livro. Não por erro de edição, naturalmente, mas por determinação do narrador, o cavalheiro Tristram Shandy, que decide suprimir um capítulo inteiro simplesmente por julgá-lo de qualidade muito superior a tudo o que escrevera: a excelência dessas páginas seria um atentado ao equilíbrio e à harmonia do livro. Foram ousadias desse tipo que ajudaram a fazer de Tristram Shandy um best-seller do século XVIII.
21. 1984, de George Orwell
Na trama, Winston vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico.
22. Uma Passagem Para a Índia, de E. M. Forster
O livro reconstitui, de maneira ficcional, aspectos da colonização inglesa na Índia, detendo-se sobretudo no conflito que se estabeleceu durante o contato de duas culturas tão diferentes. Uma passagem para a Índia mistura o relato de viagem à análise da sociedade que se criou com a chegada dos colonizadores. Forster, no entanto, não esbarra em um problema comum a esse tipo de texto, a parcialidade, e abre espaço no livro para uma pluralidade de pontos de vista que compõem um painel bastante diversificado da Índia ocupada pelos ingleses.
23. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
O enredo gira em torno de Emma Bovary, casada com o médico Charles. Emma vive imersa na leitura de romances românticos e, por viver um casamento enfadonho, procura no adultério a libertação de seus problemas. A trama possui um desfecho trágico, e da criação de Flaubert partem grandes linhas de força do romance moderno e sua repercussão no contexto literário francês e mundial é intensa e permanente.
24. Ulysses, de James Joyce
Um homem sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela noite, retorna ao lar. Foi em torno desse esqueleto enganosamente simples, quase banal, que James Joyce elaborou o que veio a ser o grande romance do século XX.
25. A Pedra da Lua, de Wilkie Collins
Pedra da Lua é o nome de um gigantesco diamante, roubado de um templo indiano por soldados ingleses. Supostamente amaldiçoada, a pedra é dada para a bela Rachel Verinder em seu 18º aniversário. Mas, na mesma noite, é novamente roubada, lançando os mais diversos personagens em uma busca repleta de mistério e suspense.
26. Cranford, de Elizabeth Gaskell
O livro nos transporta para a vida interiorana em uma cidadezinha fictícia da Inglaterra do século XIX dominada por mulheres solteironas e viúvas que se esforçam para viver com dignidade, apesar dos parcos recursos financeiros. As aventuras e desventuras das personagens são narradas de uma maneira dinâmica, ligeiramente cômica e muito envolvente.
27. Frankenstein, de Mary Shelley
Victor é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente. O resultado de sua experiência, um monstro que o próprio Frankenstein considera uma aberração, ganha consciência, vontade, desejo, medo. Criador e criatura se enfrentam: são opostos e, de certa forma, iguais.
28. Tom Jones, de Henry Fielding
Considerado por muitos estudiosos o primeiro romance moderno, este clássico de Henry Fielding, publicado em 1749, acompanha as peripécias de um jovem bastardo pelas estradas da Inglaterra no século XVIII, apresentando uma galeria de personagens e situações que captam com vivacidade o espírito da época.
29. A Vida Modo de Usar, de Georges Perec
Sobre esta obra de Georges Perec, Italo Calvino escreve: "Exemplo daquilo que chamo de hiper-romance é A vida, modo de usar, romance extremamente longo, mas construído com muitas histórias que se cruzam, renovando o prazer dos grandes ciclos à la Balzac”.
30. Reparação, de Ian McEwan
Na tarde mais quente do verão de 1935, na Inglaterra, a adolescente Briony Tallis vê uma cena que vai atormentar a sua imaginação: sua irmã mais velha, sob o olhar de um amigo de infância, tira a roupa e mergulha, apenas de calcinha e sutiã, na fonte do quintal da casa de campo. A partir desse episódio e de uma sucessão de equívocos, a menina, que nutre a ambição de ser escritora, constrói uma história fantasiosa sobre uma cena que presencia. Comete um crime com efeitos devastadores na vida de toda a família e passa o resto de sua existência tentando desfazer o mal que causou.
31. Suíte Francesa, de Irène Némirovsky
Dividido em duas partes, o livro traça um retrato impiedoso da França vencida e ocupada pelos alemães, transformando em ficção fatos que Irène provavelmente presenciara: a debandada dos parisienses às vésperas da invasão nazista, o cotidiano de um vilarejo sob ocupação inimiga, e o drama de uma mulher cujo filho é prisioneiro dos alemães.
32. A Dance To The Music Of Time, de Anthony Powell
A série de 12 romances traça eventos na vida de vários personagens das classes altas e boêmias da Grã-Bretanha, acompanhando-os desde a adolescência na década de 1920 até a senescência na década de 1970.
33. Clarissa, de Samuel Richardson
Pressionada por sua família inescrupulosa a se casar com um homem rico que ela detesta, a jovem Clarissa Harlowe é levada a fugir com o espirituoso e jovial Robert Lovelace e se coloca sob sua proteção. Lovelace, no entanto, prova ser um libertino não confiável cujas vagas promessas de casamento são acompanhadas por avanços sexuais indesejados e cada vez mais brutais. E, no entanto, Clarissa acha o charme dele sedutor, seu senso escrupuloso de virtude tingido de desejo inconfesso.
34. O Sono Eterno, de Raymond Chandler
Philip Marlowe, detetive particular em Los Angeles, é chamado à mansão do velho General Sternwood para investigar um caso de chantagem, aparentemente banal, envolvendo uma de suas filhas. Em pouco tempo, Marlowe percebe que algo se esconde atrás desse pedido, e que as duas filhas do General, Vivian e Carmen Sternwood, podem ser mais perigosas do que aparentam. Em uma cidade chuvosa e enevoada, ele aos poucos se envolve com a pornografia ilegal e a máfia dos jogos.
35. Lucky Jim, de Kingsley Amis
Toda a ação da obra se desenvolve em torno do controle individual sobre o outro. Os equívocos, as maquinações, os mal-entendidos, os favoritismos concorrem para o tormento de Jim, que fuma e bebe em demasia e se dirige inapelavelmente a um ponto de ruptura.
36. Os Miseráveis, de Victor Hugo
A obra é uma poderosa denúncia a todos os tipos de injustiça humana. Narra a emocionante história de Jean Valjean, o homem que, por ter roubado um pão, é condenado a dezenove anos de prisão.
37. O Guardião, de Anthony Trollope
Um velho clérigo dividido entre suas convicções religiosas e suas obrigações para com seus superiores. Uma bela jovem brigando para salvar seu pai da execração pública. Um rapaz idealista e determinado disposto a romper com todos em nome daquilo que considera correto e justo. O talento de Anthony Trollope fez com os caminhos destes personagens se cruzassem para contar uma história que é, a um só tempo, um grande caso de amor e uma contundente crítica social.
38. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
Clássico do século XX, a obra retrata a alta sociedade de Nova Iorque na década de 1920, com sua riqueza sem precedentes, festas nababescas e o encanto das melindrosas ao som do jazz.
39. O Mundo se Despedaça, de Chinua Achebe
A obra conta a história de um guerreiro chamado Okonkwo, da etnia ibo, estabelecida no sudeste da Nigéria, às margens do rio Níger. A narrativa retrata a gradual desintegração da vida tribal, graças à chegada do colonizador branco. Os valores da Ibolândia são colocados em xeque pelos missionários britânicos que trazem consigo o cristianismo, uma nova forma de governo e a força da polícia.
40. A Casa da Felicidade, de Edith Wharton
O livro apresenta a alta sociedade nova-iorquina no início do séc. XX sob a perspectiva de uma jovem que precisa desempenhar o papel para o qual foi criada: encontrar um marido rico.
41. O Cão dos Baskerville, de Arthur Conan Doyle
A trama arrebata o leitor com seu enredo de horror gótico, um clima de ameaça constante, estranhas pistas e inúmeros suspeitos. Baseado em lendas locais sobre cães negros e fantasmas vingativos, esse é mais um caso brilhante do imbatível detetive de Baker Street.
42. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
Huckleberry Finn escapa de casa para embarcar em uma série de aventuras junto com o escravo fugitivo Jim. A bordo de uma jangada, os dois sobem o Mississippi e vivem situações extraordinárias.
43. A tetralogia Coelho, de John Updike
Na série Coelho: “Coelho Corre” (1960), “Coelho Em Crise” (1971), “Coelho Cresce” (1981) e “Coelho Cai” (1990), Updike traça um painel balzaquiano da vida americana. A tetralogia acompanha Harry Angstrom, o Coelho (jogador de basquete frustrado), e sua família.
44. A Náusea, de Jean-Paul Sartre
Escrito sob a forma de diário íntimo, o autor constrói seu romance filosófico a partir dos sentimentos e da observação de ações banais de Antoine Roquentin, o protagonista, que, ao perambular por uma cidade desconhecida, é confrontado com o absurdo da condição humana.
45. Le Voyeur, de Alain Robbe-Grillet
Mathias, um tímido e ineficaz caixeiro-viajante, retorna para a ilha do seu nascimento após uma longa ausência. Dois dias depois, uma menina de treze anos de idade, é encontrada afogada e mutilada. Com precisão assustadora, Robbe-Grillet nos coloca na cena do crime e leva-nos para dentro da mente de Mathias no encalço de um maníaco homicida.
46. O Apogeu de Miss Jean Brodie, de Muriel Spark
Miss Jean Brodie é uma professora singular. Romântica, heroica, cômica e trágica, as suas ideias são avançadas, entrando em conflito com as convenções estabelecidas. E quando decide transformar um grupo de jovens sob a sua tutela na nata da nata da escola Marcia Blaine, ninguém consegue prever o que acontecerá.
47. A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
O livro, de 1982, tem quatro protagonistas: Tereza e Tomas, Sabina e Franz. Por força de suas escolhas ou por interferência do acaso, cada um deles experimenta, à sua maneira, o peso insustentável que baliza a vida, esse permanente exercício de reconhecer a opressão e de tentar amenizá-la.
48. Go Tell It on the Mountain, de James Baldwin
Publicado pela primeira vez em 1953, é a primeira grande obra de Baldwin, um romance que se estabeleceu como um clássico americano. Com precisão lírica, franqueza psicológica e ressoando poder simbólico, Baldwin narra a descoberta de um menino de quatorze anos de idade dos termos de sua identidade como o enteado do ministro de uma Igreja Pentecostal no Harlem.
49. As Vinhas Da Ira, de John Steinbeck
Este livro representa o confronto entre indivíduo e sociedade, através da epopeia da família Joad, expulsa pela seca dos campos de algodão de Oklahoma, para tentar a sobrevivência como bóias-frias nas plantações de frutas do Vale de Salinas, na Califórnia.