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24/01/2022 às 17h27min - Atualizada em 24/01/2022 às 16h53min

E-books ganham popularidade (graças a quarentena)

Livros digitais crescem em vendas desde a pandemia e, consequentemente, a procura por e-readers aumenta entre o público.

Giovanna Macedo - Revisado por Isabelle Marinho
E-books e Kindle são hábitos de consumo da sociedade na pandemia. (Foto/Reprodução: Freestocks/Unsplash).
A partir da migração de consumidores para o mundo digital, editoras e escritores independentes viram nos e-books uma oportunidade de alcançar seu público com maior sucesso. Na eclosão da pandemia, os livros digitais tiveram crescimento de venda e, consequentemente, e-readers (leitores de livros digitais), como o Kindle, produto da Amazon, tiveram grande procura.

Diante a ociosidade e tempo livre que a pandemia trouxe a diversas pessoas, algumas tornaram-se leitoras e aquelas que haviam perdido o hábito retomaram; e tudo por causa dos e-books. Segundo a pesquisa anual da consultoria Nielsen, em parceria com a Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, a venda de livros digitais saltou no ano retrasado com o aumento de medidas sanitárias restritivas na pandemia.

Conforme a pesquisa, em 2020 o número de livros digitais vendidos foi de 4,6 milhões a 8,4 milhões; um aumento de 83% em relação a 2019. Além disso, houve um grande interesse das editoras investirem nesse formato, já que em 2020 foram lançados 16% mais livros digitais que no ano anterior. Uma das estratégias que as editoras colocaram em prática, para atrair os leitores, foi instituir políticas radicais de descontos no início do confinamento, o que chegou a baratear os e-books, até mesmo a garantir sua gratuidade.



A relação intensificada na pandemia entre livros e leitores é uma realidade para Danielle Macedo, arquiteta e urbanista de 25 anos. Incentivada pelos pais, a leitura faz parte da sua vida desde a infância: “Era muito comum me ver com alguma revista em quadrinhos nas mãos. Na escola isso se intensificou, com as colegas emprestando livros das mais diversas sagas”.

Há quem prefira livros físicos a digitais, pelo fato de sentir falta da textura do papel e do cheiro característico de livro recém-tirado do plástico, como Danielle afirma. Porém, os e-books possuem vantagens: “Apesar de gostar muito de livros físicos, na grande maioria das vezes não é prático ficar carregando por aí, dependendo do tamanho do livro. Ainda mais quando se lê mais de um livro simultaneamente (o que faço muito). Por isso, o e-book me trouxe a possibilidade de carregar vários livros em um lugar só.”, diz a arquiteta.

Apesar de vantagens, os livros digitais ainda recebem pouca aceitação pelo fato da sua disponibilidade para leitura: aparelhos eletrônicos, os inimigos dos olhos saudáveis. Por emitir luz azul, os celulares e tablets podem desgastar as vistas de quem lê através deles e ser prejudicial. No entanto, empreendedores visionários criaram os e-readers – aparelhos leitores de livros digitais 
– e o mais popular no ramo é o Kindle, da famosa empresa de e-commerce Amazon, que contém um sistema de luz embutida ajustável e permite ficar lendo por horas, sem incomodar os olhos, de dia ou noite.


Em consequência ao salto de vendas dos e-books, a população isolada correu para comprar e-readers e aproveitar ao máximo a leitura; um dos eletrônicos mais vendidos entre o início da pandemia, até o ano passado foi o Kindle. Danielle e sua família foram alguns dos leitores ávidos que adquiriram o aparelho: “Compramos o kindle em dezembro de 2019, e, de longe, foi uma das melhores compras da pandemia”. 

A arquiteta descreve como é sua experiência com o Kindle e expõe suas diversas vantagens: “Ele traz muita praticidade na leitura, já que permite o ajuste de tamanho de fontes e a iluminação, além do fator de não cansar a vista (o que acontece quando se lê por muito tempo em um computador ou no celular). E é super leve, o que permite carregá-lo para qualquer lugar na bolsa”. Até o momento, Danielle já leu em torno de 45 livros no e-reader e “têm muitos outros ainda na biblioteca aguardando a vez deles”, afirma animadamente.

A busca por praticidade e o valor mais acessível, comparado a exemplares físicos, são um dos principais fatores da grande procura por livros digitais e e-readers ao longo de 2020 até hoje. No site da loja Amazon, por exemplo, encontram-se diversas opções de e-books disponíveis em valores variados, além de disponibilizar o “kindle unlimited” – assinatura de um plano, como os de streaming, que dá acesso a mais de 1 milhão de e-books.

Danielle diz que a pandemia teve um grande papel na sua vida e na maioria das pessoas: “Ela nos deu espaço para adquirir novos hábitos (e retomar alguns antigos). E um desses hábitos foi a leitura”. Diante de rotinas alteradas, a sociedade tornou-se mais introspectiva e se esforçou para formar costumes: “A busca por conhecimento (principalmente o autoconhecimento) e um escape da realidade também foram importantes para isso.”, conclui.

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