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24/06/2019 às 22h14min - Atualizada em 24/06/2019 às 22h14min

Trump anuncia sanções econômicas ao Irã

O ataque a dois navios petroleiros e a derrubada do drone norte-americano aumentaram a tensão entre os países

Bárbara Moreira - Editado por Naryelle Keyse
(Foto: REUTERS/Carlos Barria)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que vai impor novas sanções ao Irã. Os alvos das ações serão o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, e outras importantes autoridades. Em pronunciamento ocorrido nesta segunda-feira (24), na Casa Branca, foi dito que “qualquer um que realizar transações significativas com esses indivíduos sob sanção também pode estar exposto a sanções”. 

De acordo com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, as sanções podem bloquear bilhões de dólares em ativos iranianos. Donald Trump ainda afirmou que “as sanções impostas pela ordem executiva... negarão ao Líder Supremo, ao gabinete do Líder Supremo, e aos próximos a ele e ao seu gabinete, acesso a recursos financeiros e apoios importantes”. 

A relação entre os dois países ficou ainda mais tensa nas últimas semanas. Na quinta-feira (20), a Guarda Revolucionária do Irã abateu um drone norte-americano, modelo RQ-4, de 130 milhões de dólares. Segundo os iranianos, o aparelho de vigilância sobrevoava o espaço aéreo do país, mas de acordo com os norte-americanos, a aeronave estava em águas internacionais quando foi atingida.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cogitou um ataque de retaliação. Em sua conta do Twitter, afirmou que desistiu apenas dez minutos antes, já que em conversa com um general, percebeu que o ataque poderia causar a morte de 150 pessoas, o que seria desproporcional, pois o drone não era tripulado. Se efetuada, essa seria a terceira ofensiva militar de Trump no Oriente Médio. Os norte-americanos bombardearam, por duas vezes, alvos na Síria, porém uma operação contra o Irã traria maiores consequências econômicas.

Apesar de Donald Trump ter mandado um recado para o Irã de que queria conversar, a resposta foi de que qualquer ataque ao país teria consequências internacionais, de acordo com a Agência Reuters. O comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, disse que o ataque foi uma mensagem para os Estados Unidos, e afirmou que o Irã não busca guerra, mas que está bem preparado para se defender.

No dia 13 de junho, navios petroleiros foram supostamente atacados no Golfo de Omã. Mike Pompeo, secretário de Estado americano, afirmou aos jornalistas que “a avaliação dos Estados Unidos é que a República Islâmica do Irã é responsável pelos ataques".

A má relação entre os países teve origem há décadas, e se acirrou desde a eleição de Donald Trump. Os Estados Unidos são aliados da Arábia Saudita, país que disputa a hegemonia da região com o Irã. Os sauditas são grandes produtores de petróleo e estão coligados com os EUA na “guerra contra o terror”. É uma relação comercial e geopolítica. O Irã é contrário à intervenção dos EUA na região.

Em maio de 2018, Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear, assinado por Barack Obama. Na ocasião disse que "o Irã é o principal Estado patrocinador do terrorismo". Os norte-americanos também impuseram sanções ao país, que ameaçou ultrapassar o limite de urânio enriquecido estabelecido no tratado como resposta.

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