Fonte e Reprodução: Warner Bros Desde 2008, os filmes de heróis dominam as salas de cinema. Agora, 15 anos depois, o cenário parece mudar. Recentemente, a DC Studios lançou sua aposta para o primeiro semestre do ano: Shazam! A Fúria dos Deuses e o filme não poderia ter sido mais decepcionante em seu rendimento.
O longa estreou marcando US $65 milhões no mundo todo. Nem mesmo o mercado chinês salvou o filme, que fez US $4 milhões no país asiático. Para um ramo que já teve Vingadores: Ultimato (filme de herói da Marvel) detendo, por algum tempo, o recorde de maior bilheteria do mundo, e Aquaman (filme de herói da DC) com US $1,14 bilhão, é preocupante não obter resultados agora.
Pode parecer um caso isolado, mas exemplos como o de Homem-Formiga: Quantumania — que lança muito bem, mas tem a pior queda de bilheteria para a segunda semana em exibição de qualquer filme do MCU —, ajudam a demonstrar que, possivelmente, a era de domínio dos filmes de heróis (ou anti-heróis) possa estar sofrendo uma reviravolta.
Talvez, o problema não esteja na figura do herói, no universo fantasioso e nas capas de seres voadores, e sim, em repetir a mesma fórmula em tantos filmes e esperar sempre surpresa por parte do público. Ir de A para B já não adianta mais.
Isabela Boscov, jornalista especializada em crítica de cinema, afirmou em um de seus vídeos no Youtube que "esse tipo de filme saturou”. Já o crítico de cinema, Dalenogare disse, em um de seus reviews diz que “o fracasso do filme não tem a ver com o esgotamento para filmes de super-heróis".
Esse, com certeza, não é o fim dos filmes de heróis. Marvel acaba de iniciar sua fase 5 com muitos projetos já em andamento e DC contrata James Gunn para ser responsável pelo reboot de todo o DCU. Antes mesmo disso, ainda tem o Aquaman 2 e The Flash para serem lançados nos cinemas esse ano.
Apesar das particularidades de cada caso para cada filme, não dá para deixar de notar fragilidades. O situação de Shazam, mesmo que, além de não conseguir sozinho manter sua relevância e propósito, teve uma das piores campanhas de marketing pós-pandemia. Isso somado a roteiro, efeitos especiais e propósito de existência de baixo a médio valor não ajudou o filme em – quase – nada.
Fonte e Reprodução: Warner Bros. Studios
Essas obras continuarão a ser exibidas por algum tempo, mas a cada filme sem propósito e que se explica nas cenas finais ou nos pós créditos o público – com toda razão – parece ficar cada vez menos contente e, quiçá, menos interessado.
Só o que se pode esperar agora é que no novo DCU as coisas sejam diferentes, que a Marvel saia da zona de conforto, que de fato não seja o fim da era dos heróis e apenas uma má fase. Que o cinema, como sétima arte, e que cada pessoa que paga seu ingresso para ter uma imersão sejam agraciados.
REFERÊNCIAS:
PRISCO, Luiz. Desgaste dos heróis? Shazam! Fúria dos Deuses vai mal na bilheteria. Metropóles, 2023. Disponível em: < https://www.metropoles.com/entretenimento/cinema/desgaste-dos-herois-shazam-furia-dos-deuses-vai-mal-na-bilheteria?amp > acesso em: 21 de mar. de 2023
LIMA, Camilla. Aposta da DC para os cinemas no semestre, Shazam! 2 fracassa na estreia e leva “nocaute” de Creed III. Seu Dinheiro, 2023. Disponível em: < https://www.seudinheiro.com/2023/internacional/dc-cinemas-shazam-2-fracassa-na-estreia-e-leva-nocaute-de-creed-iii-miql/ > acesso em: 21 de mar. de 2023.
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