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24/09/2023 às 17h45min - Atualizada em 24/09/2023 às 17h13min

The Town | Os erros e acertos do primeiro ano do festival

Patricia Barboza Schwambach - Revisado por Paola Pedro
Fogos e luzes iluminam The Town. (Foto: reprodução/Instagram/@thetownfestival)

O irmão paulista do Rock in Rio fez seu debut em 2023 e trouxe para seus 6 palcos grandes nomes do cenário fonográfico nacional e internacional. Enquanto o carioca é tido como a Cidade do Rock, The Town ganhou status de Cidade da Música, dando voz a diversos estilos musicais.

O megaevento, realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi transmitido ao vivo pelo Multishow e pelo GloboPlay. O brilho do festival foi quebrado apenas pelas queixas de desorganização.

Palcos muito próximos, longas filas e assaltos foram os principais registros de insatisfação do público presente. Por ser idealizado por Roberto Medina, mesmo criador do Rock in Rio, as comparações se tornaram inevitáveis. Há de se lembrar, entretanto, que apesar de serem eventos de música feitos pela mesma produção, a logística difere e erros na estreia são compreensíveis e aceitáveis. O inadequado é não corrigir os erros e repeti-los na segunda edição, prevista para 2025.

O que deu bom

O maior acerto do evento foi, sem dúvidas, os shows do Bruno Mars. O norte americano se apresentou em dois dias do festival. Depois de longos 6 anos de espera, o cantor atendeu aos apelos dos fãs brasileiros de “Come to Brazil”. O carisma de Bruno é inegável: dono de diversos hits, levou o público à loucura ao inserir diversas palavras em português nas interações com a plateia e cativou ainda mais seus admiradores.

Além dos grandes shows, o evento contava com área gourmet, stands de marcas - onde era possível interagir e levar brindes -, espaço para carregar o celular e vários cenários instagramáveis. A pontualidade dos shows também foi um destaque positivo, tendo ocorrido apenas um atraso no primeiro dia.

De cadeira de rodas a mapa tátil, o investimento em acessibilidade é mais um destaque a ser pontuado. A diversidade de artistas soma mais um ponto para o The Town, que teve shows de funk a hip-hop passando pela mpb, rock e pop.

Segundo análise do g1, os 5 melhores shows do The Town 2023 foram:

5 - Demi Lovato
4 - Foo Fighters
3 - Ludmilla
2 - Ne-Yo
1 - Bruno Mars

O que deu ruim

Já na visão do g1, os 5 piores shows foram:

5 - Matuê
4 - Chainsmokers
3 - Kim Petras
2 - Maroon 5
1 - Iggy Azalea


 



Como nem tudo são flores, muitos erros também marcaram a primeira edição do festival, por exemplo, os Palcos Skyline e The One, que concentravam as principais atrações, ficaram muito próximos dificultando o início e final de shows desses espaços, pois os sons vazavam. As duas torres de som enormes dificultavam a visão da plateia e os telões pequenos do palco também não colaboravam com a visualização de quem estava distante.

Área de circulação reduzida é mais um ponto a melhorar. A exagerada quantidade de stands impossibilitava a livre circulação e dificultava a saída do evento. Filas, esperas e falhas no trem testaram a paciência de quem queria chegar e sair do The Town, assim como de quem queria pegar bebida e usar o banheiro. A espera para entrar no evento podia chegar a duas horas, e para os serviços oferecidos a saga era de uma média de 40 minutos.

Até os vips sofreram com a (des)organização do evento. A área vip foi alocada em um local espaçoso, mas com pouca visibilidade do palco por causa de um stand.

Para a próxima edição do The Town, seria bonito ver a valorização dos artistas tupiniquins com a oferta de horário nobre em palco bem localizado, visto que temos grandes artistas que agradaram em cheio ao público nesta primeira edição.


 



Em entrevista ao g1 Roberta Medina, filha de Roberto e também organizadora do evento, respondeu alguns questionamentos do público. Sobre os telões do palco Skyline, apesar de discordar que são pequenos, afirmou que estudarão a mudança para que os anseios sejam atendidos. Roberta disse ainda que estão atentos à questão do posicionamento do palco e que há a parceria com a prefeitura para investir no espaço, proporcionando assim mais conforto ao público.

Roberta Medina pontuou também que a área de ativações será repensada para facilitar a circulação, que o evento dispõe de duas entradas, e as grandes filas que se formaram para entrar, ocorreram pois o público de São Paulo costuma chegar cedo. Para solucionar a questão já está na pauta abrir os portões em 2025 antes do horário previsto para a abertura desse ano.


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