31/07/2019 às 14h13min - Atualizada em 31/07/2019 às 14h13min
Valorização da cultura gastronômica baiana
O 3˚ Festival de Acarajé em Salvador foi marcado por grandes filas e distribuição de seis mil quitutes
Gabriela Araújo - Editado por Letícia Agata
Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS Dendê, vatapá, caruru, e o camarão não podem faltar e, para melhorar isso aqui, só um acarajé com pimenta. Quem foi à Praça da Cruz Caída, no Centro Histórico de Salvador, no domingo (28), teve a alegria de desfrutar dessa boa iguaria no Festival do Acarajé. O evento foi promovido pela Associação Nacional das Baianas de Acarajé Mingau e Receptivos da Bahia (ABAM), com apoio da Prefeitura de Salvador, através da Secretária Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha, comemorado dia 25 de julho. Aberto ao público, o festival contou com seis mil distruibuições de acarajés gratuitos com dez baianas em cinco tabuleiros cada. Em entrevista dada ao Jornal Correio, publicado dia 29 de julho, a presidente da Associação de Baianas do Acarajé (ABAM), Rita Santos, diz que o evento é um dia para reforçar a preservação da cultura e valorização das baianas, que, muitas vezes, passam despercebidas nos tabuleiros.
Acarajés. (Foto: Reprodução site R7/ Claudia Baiana)
Acarajés com camarão. (Foto: Reprodução site Sou BH/ Carla Nichiata Schutterstock)
Nem mesmo a chuva que caia fez com o que a galera desanimasse do 3˚ Festival de Acarajé, que tem como objetivo dar visibilidade às baianas e ao quitute, além de divulgar a cultura gastronômica de Salvador. “Amei estar nesse festival e saber da importância que ele tem para as baianas. É enriquecedor, além dessa roda de conversa maravilhosa sobre empreendedorismo”, diz a recepcionista, Patrícia Souza, que estava pela primeira vez no festival. O evento, que estava previsto ter inicio às 10h da manhã, começou pouco depois das 11h, por conta da chuva que permanecia no local e teve fim às 19h.
Além da distribuição de quitutes, a comemoração contou com rodas de conversas com temas sobre violência contra a mulher, empreendedorismo e racismo, houve também uma feira de empreendorismo e apresentações de bandas como a Farol Light Music. O percussionista da banda João Maia ficou emocionado em poder participar desse festival: “Particulamente foi emocionante ver o quanto as pessoas estavam conectadas com a música que levamos. Foi algo que me deu fogo e paixão na hora em que começamos a tocar”, diz João Maia, que completou sua fala dizendo que a sua emoção maior foi ver as expressões das mulheres negras vestidas de branco com contas no pescoço, celebrando o dia delas com sorriso no rosto e samba no pé.