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19/02/2024 às 18h55min - Atualizada em 19/02/2024 às 18h37min

Melodia que faz bem

a música como aliada à saúde mental

Judith Rodrigues - Revisada por Joyce Oliveira
Música aliada à saúde mental. (Foto: Reprodução/ CVV)

Rock, pop, música clássica, mpb, independente do seu ritmo favorito, uma boa playlist sempre acompanha as mais diversas tarefas do dia a dia. A música está presente em vários momentos da vida e está relacionada às diversas sensações que nos cercam. Ela tem o poder de deixar momentos muito mais especiais e tornar lembranças marcantes. Com tudo isso, a música também é uma importante aliada à saúde mental. Isso porque os sons têm notória influência nas emoções que sentimos e, principalmente, possuem o poder de potencializá-las.

Quando se está em momentos de estresse e ansiedade, por exemplo, ouvir música é uma ótima opção para lidar com essas emoções. Nesses momentos, escolhemos sons baseados no estado emocional, pois as canções geralmente reforçam sentimentos. Em momentos tristes, por exemplo, uma música animada é mais indicada para distrair a mente e relaxar. 


Nesse ramo, a musicoterapia é uma atividade crescente que ganha cada vez mais adeptos. Esse processo terapêutico utiliza elementos da música - ritmo, melodia, harmonia - com o objetivo de tratar, reabilitar ou prevenir, contribuindo para a saúde de um indivíduo, apresentando importantes melhorias principalmente para a saúde mental.



'Musicoterapia em saúde mental'. (Reprodução: Hospital Santa Mônica — YouTube)
 

Essa prática comprova a relevância da música para o bem-estar e suas contribuições positivas na saúde emocional dos pacientes. A musicoterapeuta Cláudia Ferraz explica o porquê dessa importância e comenta sobre os benefícios da musicoterapia quando praticada adequadamente ao paciente. “A musicoterapia pode desencadear ativações neuronais, ativando hormônios de prazer e recompensa no cérebro, atuando nos dois hemisférios (lógico/emocional), a partir de um plano terapêutico e da necessidade do que o paciente visa tratar. A música pode acelerar, desacelerar, aumentar ou diminuir batimentos cardíacos, coordenar fluxo sanguíneo, por isso, a necessidade de um musicoterapeuta qualificado que entenda que a música pode ser benéfica, mas também pode ter efeitos iatrogênicos pelo mau uso da prática musical”, diz.


Para muitas pessoas, ouvir música pode reduzir os sintomas de ansiedade e aliviar pressões. Nessa lógica, Cláudia Ferraz destaca que a música é uma importante aliada à saúde mental e ressalta a importância da musicoterapia no combate a potenciais transtornos. “Além das reações físicas, cerebrais, a música pode evocar emoções, pois o sistema límbico é também ativado. Podemos relembrar pessoas, momentos, lugares, mediante um som, de uma música que podem ser bons ou ruins. Dentro de um processo musicoterapêutico, a finalidade é obedecer ao plano terapêutico e conforme o diagnóstico, oferecer ao paciente a dose certa de sua música, que pode trazer maior conforto, maior bem-estar e maior consciência sobre o seu ‘self’. Hoje, vemos o aumento de pessoas ansiosas, depressivas que podem encontrar na musicoterapia uma forte aliada, atuando junto com o tratamento farmacológico e potencializando o tratamento”, finaliza.


Como comprovação desses argumentos, um estudo realizado pelo Dr. David Lewis-Hodgson, do grupo britânico Mindlab Internacional, mostrou que a música pode reduzir sentimentos de ansiedade em até 65%. O resultado dessa pesquisa apenas confirma que a música é uma ferramenta essencial na vida e, principalmente, na saúde mental das pessoas. Em momentos difíceis ou pesados, ouvir a canção favorita é uma técnica relevante para reconectar-se consigo mesmo, ganhar ânimo para realizar algo, encontrar motivação e driblar sentimentos tristes.


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