Mais de 5 décadas de heavy metal, o Judas Priest é uma das bandas mais longevas da música. (Foto: Reprodução/Roque Reverso)As lendas do heavy metal do Judas Priest, liderados pelo Metal God em pessoa, Rob Halford finalmente lançaram seu novo álbum. “Invincible Shield” acabou de chegar e já se pode dizer que é um marco na longa carreira da banda. Mantendo sua identidade com maestria, o Judas Priest conseguiu, mais uma vez, modernizar o seu som mantendo as raízes que o tornaram uma lenda até mesmo para outros medalhões da música.
Com mais de cinco décadas de carreira, o Judas Priest sempre foi uma das bandas mais consistentes do metal. Com um início mais rock n’ roll nos anos 70, foi nos anos 80 que a banda se consolidou como uma das principais do heavy metal mundial, até que, em 1990, com o veloz e agressivo álbum “Painkiller” eles mostraram o seu poder de se modernizar acompanhando as tendências da época, mas sem perder suas características.
Invincible Shield
Avançando algumas décadas, chegamos a 2024, com o lançamento de “Invincible Shield”. O novo álbum mantém a essência do Judas Priest, com riffs de guitarra arrebatadores, solos virtuosos, percussão estrondosa e, principalmente, a voz de trovão de Rob Halford, do alto dos seus 72 anos.
Além de Halford, o álbum conta com Richie Faulkner e Glenn Tipton nas guitarras, Scott Travis na bateria e Ian Hill no baixo. Uma curiosidade é que, apesar de estar passando por dificuldades com o tratamento do Mal de Parkinson, o guitarrista Glenn Tipton conseguiu colocar sua contribuição no álbum - mais uma prova de resiliência da banda. Sobre isso, perguntado pela Rolling Stone sobre o nome do álbum, o baixista Ian Hill respondeu:
Logo nos primórdios, as pessoas estavam — não era chamado de heavy metal naquela época, era chamado de heavy rock... E as pessoas já estavam tentando acabar com ele [heavy metal], mas nós passamos por isso, todas as outras bandas também passaram. [...] Acho que é uma declaração [o título do disco] de que não importa ao que você nos submeta, nós vamos superar e continuar.
Com uma sonoridade que remete a um verdadeiro sucessor do, agora penúltimo álbum da banda, “Firepower” (2018), a banda mantém o seu som característico, mas sem ficar para trás se comparada com outras bandas dos dias de hoje. Um dos primeiros singles, a faixa "Panic Attack" é (literalmente) um grito que evoca os maiores clássicos da banda, com riffs poderosos e um Halford que esbraveja contra a sociedade atual, pautada pelo consumo excessivo e tóxico da tecnologia, principalmente redes sociais.
"Panic Attack", o primeiro single! (Reprodução: YouTube/Judas Priest)
Com novos elementos e velhas raízes, o legado continua.
Claro que algumas faixas ainda seguem a fórmula clássica do Judas Priest, como a supracitada “Panic Attack”, mas, em contrapartida, outras surpreendem. "The Serpent and the King" é um dos principais destaques, mostrando potência e arranjos que evocam nostalgia. Outro destaque importante é a faixa “Giants in the Sky”, um verdadeiro hino às lendas que já partiram, como Ronnie James Dio e Lemmy Kilmister.
“Invincible Shield” não é apenas um álbum; é um testemunho da resiliência do Judas Priest. Fiéis à sua identidade, eles não abrem mão de se modernizar e abraçam o novo. Como uma banda tão longeva consegue esse equilíbrio? A resposta está na paixão, na dedicação e na busca incessante por manter o heavy metal vivo. Eles são os deuses do metal, e sua imortalidade já é uma realidade.
Invincible
Our masses are united
Invincible
Forever and a day
Invincible
Can never be divided
And nothing can stand in our way
Invincible shield
O escudo invencível! (Reprodução: YouTube/Judas Priest)
