Comemorando 34 anos de existência, a Casa do Cantador fez um evento sobre o Repente, um estilo musical predominante no nordeste do Brasil. Tal arte é baseada no improviso cantado por duas pessoas alternadamente, explicando o nome do estilo musical. O Repente na cantoria de viola é desenvolvido por dois artistas, acompanhados por violas na afinação nordestina. Os cantores improvisam em públicom tanto a melodia quanto os versos. Semelhante ao Rap, é um discurso rítmico com rimas e poesias, podendo ser interpretado a capella ou com som de fundo, como o chamado beatbox.
Na Casa do Cantador há uma variedade de estados nordestinos que trazem grandes poetas, como o Ceará, Piauí e Paraíba. Seu público é composto por famílias nordestinas e muitos frequentam o local desde de seu início. A ideia foi trazer a cultura nordestina para Brasília. A Casa conta com o apoio do governo, subordinado à secretaria de cultura e além da cantoria, recebe projetos.
Ao ser questionado se Brasília ainda é a capital do rock, Neildo Rodrigues, diretor da Casa do Cantor, alega: ''Eu acho que hoje tem que dividir esse título aí, a capital do rock e do sertanejo que cresceu tanto no Brasil e em particular aqui em Brasília. E a gente detém uma parcela da população de 1 milhão de nordestinos. Eu acho que é bem relevante essa parte''. Neildo é conhecido como Zé do Cerrado, pois também é poeta e repentista.